Seja qual for o tipo de empreendimento, do menor estabelecimento comercial ou a maior empresa de qualquer ramo, o planejamento financeiro é o alicerce de quem realmente quer obter um bom resultado e principalmente sucesso no empreendimento.
Não sou do ramo, mas a vida me fez um aprendiz solitário, sendo que desde meus quinze anos de idade - como trabalhador menor e com carteira registrada – me ensinou a gastar menos do que recebia de salário.
Lembro muito bem que sem nenhuma consciência administrativa, quando recebi meu primeiro salário mandei reformar a fachada da casa onde morava, substituindo as velhas e rotas janelas de madeira por “modernas” estruturas metálicas. Comprometendo assim parte do meu pequeno salário por algum tempo.
A reforma da fachada da minha casa foi por mim estabelecida como prioridade. Estratégia para melhorar a aparência daquela moradia que acolhia minha modesta família.
De lá pra cá sempre apliquei esta pequena e infalível fórmula que me garantiu certa tranquilidade financeira, apesar das dificuldades de qualquer trabalhador assalariado.
Em uma empresa pública as regras devem ser outras, mas acredito que o planejamento estratégico e a definição de prioridades devem ser as tarefas obrigatórias de cada administrador público. Não é possível apenas preencher velhas e viciadas planilhas financeiras e apresenta-las como orçamento de uma comunidade, sem ao menos passar por uma análise altamente técnica, ousada e criteriosa.
O que notamos em nossa cidade é a ausência de planejamento estratégico, por parte da administração municipal. Tudo continua sendo feito na base de reajustes inflacionários, sem nenhum parecer técnico qualitativo, sem estabelecimento de prioridades e como bom sonhador que sou – nenhuma participação popular.
O planejamento faz parte da Secretaria de Obras e Planejamento, mas parece que por lá não tem ninguém capacitado para discutir com as demais áreas administrativas, como dividir o “mísero” recurso arrecadado dos munícipes, prioriza-los e aplica-los com transparência e sabedoria. Imagine que daria até para traçar estratégias para aumentar a arrecadação, desde que se investissem na geração de emprego e renda da população.
Os anos passam os prefeitos se elegem e simplesmente pagam contas que não sabem do que e porque, e continuamos sem saber para onde iremos.
Planejar é possível, mas precisa vontade política e capacidade administrativa.
Não entendo muito da coisa. Mas até o momento nunca precisei passar um “cheque sem fundo”. Tenho dito.
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