palavradobó: Porque ninguém é de ferro.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Porque ninguém é de ferro.

Após sete dias de pura atividade praiana, a gente volta e dá uma preguiça louca até de postar alguma coisa aos amigos. Passei por Floripa e fiz da Barra da Lagoa meu porto seguro. Mas marcamos presença – eu e família – na Praia da Joaquina, depois uma visita ao centro da cidade e enfim as praias da Guarda do Embaú e Pinheira, que sempre passava nas portas e nunca chegava. Realmente a Guarda é uma maravilha e faz jus a sua fama entre as pessoas que curtem uma praia ainda não tão freqüentada e uma paisagem deslumbrante.

A Barra da Lagoa é o meu cantinho predileto por mais de trinta anos, e acompanho a lenta e contínua transformação da pequena colônia de pescadores em um belo produto turístico, mas sem perder sua essência. Claro que durante o pico da temporada de verão, o fenômeno da invasão acontece, mas a comunidade e os governantes já se programaram para encarar o diferencial. Depois tudo volta ao normal e a calmaria envolver o espírito natural do local. Notei a preocupação da comunidade em atender a demanda e principalmente nos pequenos investimentos – e muitos – nas áreas da gastronomia e hotelaria. Tudo muito formatado para não ultrapassar as proporções do ambiente.

Voltando a falar da Praia da Guarda do Embaú, também notei a preocupação em se desenvolver um projeto de turismo sustentável, que irá agregar ainda mais valores qualitativos para a comunidade, a natureza e aos turistas. A Guarda realmente é um show paisagístico e de serviços.

Perto dali a 4km está a Praia da Pinheira, residência do velho amigo e guru Wilson Rio Apa, que no último dia 5 fev. completou 87 anos de pura existência. Aproveitei a manhã seguinte e fui fazer uma visita ao velho amigo. Chegando na Pinheira me informei sobre o paradeiro do ilustre morador e rapidamente estávamos juntos em companhia dos seus filhos Kim e Thor. No curto espaço de tempo, trocamos simpatias – pois já se fazia décadas sem contato – e falamos um pouco das nossas trajetórias.

Aproveitei para presente-a-lo com o meu último livro “Carnaval de Antonina-35 anos...” e também recebi o recém lançado catálogo de sua obra: “W. Rio Apa – Vida e Obra”.

O encontro para mim foi inesquecível, pois reconheço no Apa, uma das figuras mais importantes que passaram por nossa cidade no século vinte. Suas idéias anarquistas fizeram escola, deixando um legado de valores indiscutíveis, principalmente na formação da nossa juventude nos anos sessenta e setenta.

Em poucos dias de retirada, fiz lazer... Aproveitei a convivência com a família...Revi alguns amigos e somei valores que me ajudarão a conviver ainda melhor em meu pequeno cantinho.

Para não ficar somente nas palavras...Também fiz alguns registros fotográficos, com um simples olhar de turista. Tenho dito!