Porto de Antonina
retoma atividade após 58 dias
Depois
de 58 dias, o Porto de Antonina voltou a movimentar cargas. Desde o dia 20 de
fevereiro, a autarquia não recebia embarcações em função de uma portaria da
Capitania dos Portos do Paraná que reduziu o calado (parte submersa do navio)
do berço de atracação de 7,1 metros para 6 metros. A medida restringiu a
entrada de embarcações de médio e grande porte. Com a reversão da portaria, na
última quarta-feira, um navio de bandeira da Lituânia atracou em Antonina com
22 mil toneladas de fertilizantes. Outras sete embarcações estão previstas para
descarregar nos próximos 10 dias.
A retomada das atividades foi possível em função do trabalho de
dragagem emergencial realizado pelo terminal privado da Ponta do Félix. A
empresa possui uma draga de pequeno porte, que retirou sedimentos do berço de
atracação nos últimos 10 dias. Informações levantadas pela reportagem dão conta
de que pressão política também contribui para reabertura, já que a restrição
aos navios estava trazendo prejuízos para o município (leia ao lado).
Pressão política contribuiu para reabertura
Diante das queixas dos trabalhadores e da população de Antonina com a paralisação das atividades do Porto nos últimos dois meses, representantes políticos do município se mobilizaram para tentar reabrir a autarquia. Uma fonte confirmou a reportagem que a pressão política exercida nos últimas semanas, inclusive junto ao governo federal, contribui para revogação da portaria pela Capitania dos Portos.
Na última sexta-feira, o prefeito da cidade, Carlos Augusto Machado, conhecido como Canduca, e o vereador Luis Carlos de Souza, que também é supervisor portuário da empresa Ponta do Félix, estiveram em Brasília. Além de reuniões com políticos do Paraná e com executivos da Secretaria Especial dos Portos, os dois tiveram uma audiência com a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. De acordo com Souza, a viagem a capital federal não envolveu o assunto paralisação do Porto.
Ainda segundo o vereador, os encontros em Brasília tinham como objetivo acelerar o processo de liberação da licença ambiental da autarquia junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), necessária para que o serviço de dragagem seja realizado. Os políticos voltaram ao litoral com a promessa de que em 15 dias a situação estará resolvida.
Diante das queixas dos trabalhadores e da população de Antonina com a paralisação das atividades do Porto nos últimos dois meses, representantes políticos do município se mobilizaram para tentar reabrir a autarquia. Uma fonte confirmou a reportagem que a pressão política exercida nos últimas semanas, inclusive junto ao governo federal, contribui para revogação da portaria pela Capitania dos Portos.
Na última sexta-feira, o prefeito da cidade, Carlos Augusto Machado, conhecido como Canduca, e o vereador Luis Carlos de Souza, que também é supervisor portuário da empresa Ponta do Félix, estiveram em Brasília. Além de reuniões com políticos do Paraná e com executivos da Secretaria Especial dos Portos, os dois tiveram uma audiência com a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. De acordo com Souza, a viagem a capital federal não envolveu o assunto paralisação do Porto.
Ainda segundo o vereador, os encontros em Brasília tinham como objetivo acelerar o processo de liberação da licença ambiental da autarquia junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), necessária para que o serviço de dragagem seja realizado. Os políticos voltaram ao litoral com a promessa de que em 15 dias a situação estará resolvida.
Para o presidente do Sindicato dos Estivadores de Antonina,
Jean Rodrigues da Veiga, a reabertura do Porto trouxe alívio para os
trabalhadores e a população local. No período de paralisação, muitos estivadores
estavam vivendo de “bicos”. “Se não houvesse solução agora o pessoal seria
demitido”, diz o dirigente da entidade, de 150 associados.
O período sem navios que levou a movimentação de cargas a zero
deve prejudicar os bons índices que o Porto obteve recentemente. No ano
passado, Antonina registrou média de 10 navios por mês, fazendo com que a carga
movimentada em importações e exportações fosse a maior desde 2007. O principal
produto que passa pelos terminais da autarquia é o fertilizante, sempre
importado em grandes quantidades.
Apesar da retomada do fluxo de navios, segundo as empresas e
entidades que operam na autarquia, ainda é necessário realizar a dragagem
emergencial nos pontos críticos do Canal da Galheta para evitar novo
rebaixamento. O último serviço do gênero em Antonina foi em 2002, quando o
calada alcançava 15 metros na maré alta.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)
anunciou que contratou a empresa DTA Engenharia, vencedora da licitação, para o
serviço. A empresa tem 45 dias para mobilizar o equipamento e iniciar o
trabalho. O serviço vai custar cerca de R$ 37 milhões e tem duração prevista de
seis meses.
A Gazeta do Povo tentou ouvir a Capitania dos Portos de Paraná.
O supervisor em serviço, que não quis se identificar, disse que o responsável
só estaria à disposição hoje. A reportagem também deixou recado com o terminal
privado da Ponta do Félix, já que o porta-voz estava em reunião, mas não obteve
retorno até o fechamento desta edição. A empresa Paranaguá Pilots, responsável
pelos de serviços de praticagem no Porto de Antonina, não atendeu as ligações.
Enviado
por Hiram Eder Fonseca de Lima
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