quarta-feira, 15 de julho de 2020

Albari...O bem avantajado...Mais uma historia do Divã do Jekiti


Hoje, eu mesmo resolvi contar uma historia...
Albari...O bem avantajado.

Albari, senhor de cor, músico da banda, tocador de trombone, sapateiro, irmão de Vardivo, filho de Nhá Chica, morador em uma meia-água na Caserna dos Escoteiros. Esses foram uns de seus predicados qualificativos. Mas, o que mais o tornou famoso, foi a exuberância imaginária de seu pênis, apesar de nunca ninguém ter visto, ao vivo.
A fama do nosso mestre musical, ultrapassou fronteiras, e as pessoas ficavam curiosas em saber histórias sobre a performance de sua então, exuberância. Fato ocorrido entre os anos, 1960 a 1990. Muitas histórias eram inventadas e contadas em todas as rodas de conversas.
Quando músico, desfilava na banda, pelas ruas da cidade, e a maioria dos jovens curiosos, tentavam encontrar vestígios do então volume. E ele, consciente da fama, da qual se sentia lisonjeado. Gostava quando nós perguntávamos sobre seu funcionamento...sua performance em determinadas situações. E ele falava todo orgulhoso.                                                                    
Parava pelas esquinas, principalmente na do Brasílio Machado, fingia naturalidade e expunha visivelmente o volume, na perna esquerda de sua calça de casimira marrom.
As meninas, tímidas da época, olhavam de viés-de-olhos, e saiam dando risada. Pois a situação levava a crer, que o homem realmente era bem dotado...exagerado...um anormal.
E assim passaram-se anos, até que um inesperado dia, Albari aparece desprovido daquela tal exuberância. E a pergunta da comunidade foi uma só: Cadê o Pintão do Albari?
A verdade é que o trombonista sofria de incontinência urinária - nada mais é que a perda do controle da bexiga, e na gravidade, como era seu caso, vazava urina quando tossia, espirrava e principalmente quando forçava para tocar seu instrumento. A vontade é tal súbita e forte, que o paciente não consegue ir a um banheiro a tempo. Então, na época, foi aconselhado a utilizar uma mangueira, presa a perna, que serviria de coletor, caso houvesse vazamento.
E a tal mangueira-coletora, no imaginário popular virou nada mais que um exuberante volume peniano. Albari deve ter solucionado seu problema de bexiga e passou a ser apenas nosso mais famoso tocador de trombone, da cidade. Faleceu no final dos anos noventa, e deixou muitas histórias.

Albari tocando na Filarmônica.
Imagem com pouca qualidade...Autor desconhecido.
Obrigado Ninoca!

Em tempo de pandemia, escreva uma das suas histórias. 
Me envie que publico. Assim vamos construindo nosso repertorio popular.

Um comentário:

  1. Verdade. Albari, o "fenômeno" bem antes de Ronaldihno.
    Estava rascunhando a história da dupla Anistálio Foquinho & seu Enéas Rio Apa e a Fábrca de rádio", mas lembrei de outro personagem na mesma história (o prefeito Joubert) e acho que até você vai entrar no roteiro... (mando amanhã pelo Messenger)

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