Hoje, eu mesmo resolvi contar uma historia...
Albari...O
bem avantajado.
Albari,
senhor de cor, músico da banda, tocador de trombone, sapateiro, irmão de
Vardivo, filho de Nhá Chica, morador em uma meia-água na Caserna dos
Escoteiros. Esses foram uns de seus predicados qualificativos. Mas, o que mais
o tornou famoso, foi a exuberância imaginária de seu pênis, apesar de nunca
ninguém ter visto, ao vivo.
A fama do
nosso mestre musical, ultrapassou fronteiras, e as pessoas ficavam curiosas em
saber histórias sobre a performance de sua então, exuberância. Fato ocorrido
entre os anos, 1960 a 1990. Muitas histórias eram inventadas e contadas em
todas as rodas de conversas.
Quando
músico, desfilava na banda, pelas ruas da cidade, e a maioria dos jovens
curiosos, tentavam encontrar vestígios do então volume. E ele, consciente da
fama, da qual se sentia lisonjeado. Gostava quando nós perguntávamos sobre seu
funcionamento...sua performance em determinadas situações. E ele falava todo
orgulhoso.
Parava
pelas esquinas, principalmente na do Brasílio Machado, fingia naturalidade e
expunha visivelmente o volume, na perna esquerda de sua calça de casimira
marrom.
As
meninas, tímidas da época, olhavam de viés-de-olhos, e saiam dando risada. Pois
a situação levava a crer, que o homem realmente era bem dotado...exagerado...um
anormal.
E assim
passaram-se anos, até que um inesperado dia, Albari aparece desprovido daquela
tal exuberância. E a pergunta da comunidade foi uma só: Cadê o Pintão do
Albari?
A verdade
é que o trombonista sofria de incontinência urinária - nada mais é que a perda
do controle da bexiga, e na gravidade, como era seu caso, vazava urina quando
tossia, espirrava e principalmente quando forçava para tocar seu instrumento. A
vontade é tal súbita e forte, que o paciente não consegue ir a um banheiro a
tempo. Então, na época, foi aconselhado a utilizar uma mangueira, presa a
perna, que serviria de coletor, caso houvesse vazamento.
E a tal
mangueira-coletora, no imaginário popular virou nada mais que um exuberante
volume peniano. Albari deve ter solucionado seu problema de bexiga e passou a
ser apenas nosso mais famoso tocador de trombone, da cidade. Faleceu no final
dos anos noventa, e deixou muitas histórias.
Obrigado Ninoca!
Em tempo de pandemia, escreva uma das suas histórias.
Me envie que publico. Assim vamos construindo nosso repertorio popular.
Verdade. Albari, o "fenômeno" bem antes de Ronaldihno.
ResponderExcluirEstava rascunhando a história da dupla Anistálio Foquinho & seu Enéas Rio Apa e a Fábrca de rádio", mas lembrei de outro personagem na mesma história (o prefeito Joubert) e acho que até você vai entrar no roteiro... (mando amanhã pelo Messenger)