Em memória dos primeiros "capelistas"
Embora pouco lembrada, 12 de setembro é uma data bastante significativa no contexto histórico e religioso de Antonina: há 296 anos, para cumprir suas obrigações religiosas os moradores do sítio da Graciosa e arredores tinham que se deslocar até à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na sede da Vila de Paranaguá, navegando pela extensa baía e pelo rio Taguaré.
A fim de evitar as demoradas e perigosas viagens marítimas, Manuel do Vale Porto e vizinhos iniciaram a campanha pela existência de uma capela no pequeno povoado guarapirocabano.
O pedido não teve boa aceitação entre as autoridades religiosas parnanguaras e a insistência na reivindicação teria motivado o apelido "capelistas" dado aos nossos antepassados. Diante das negativas, eles reclamaram ao Bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Frei Francisco de São Jerônimo, que em 12 de setembro de 1714 assinou a autorização para construção do templo.
Em 1992, atendendo apelos da ala "doze-setembrista" da comunidade o prefeito Leopoldino de Abreu Neto decretou feriado municipal e a data foi comemorada como fundação do município. Mas, para satisfação da ala "seis-de-novembrista", o sucessor na prefeitura, Ironaldo Pereira, revogou o ato e 12 de setembro voltou a ser apenas um dia comum do calendário e sem qualquer menção de sua importância na história antoninense.
Enviado por Celso Meira
N.E. Blog: No último primeiro de março passado, foi entregue ao prefeito municipal o relatório da Comissão Especial nomeada para "desvendar" os impasses entre as possíveis datas de fundação e hino oficial da cidade. Como relator da referida comissão, após a realização de várias reuniões com assessorias de pessoas qualificadas do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da UFPR. Foi considerada a data de fundação da cidade em 06 de novembro de 1797 (vida política adm. e câmara municipal) ; e indicado para hino oficial o Hino a Antonina, de autoria de Francisco da Silva, com música de Bento Mussurunga. O 12 de setembro de 1714, é citado pela comissão e reconhecida como a autorização para a construção da capela de Nossa Senhora do Pilar. O prefeito ainda não enviou projeto de lei para ser apreciado e aprovado pela Câmara de Vereadores. Continuamos sem identidade.
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