segunda-feira, 20 de setembro de 2010

EM QUEM CONFIAR

Quando chegam as eleições, a gente quase sempre, começa a recordar como foi o processo eleitoral anterior e o que sobrou de verdade, daquilo tudo que foi discutido e apresentado pelos candidatos durante a campanha.
Há exatamente dois anos atrás, a comunidade vivia o momento das eleições municipais. Aqui, ou se reelegia o ocupante do cargo de prefeito, ou se daria uma nova chance à uma ex-prefeita, elegeríamos uma nova e conhecida figura...Ou dois outros candidatos de primeira viagem. O cenário era muito visível e a bola da vez estava nas mãos do candidato Canduca, que com todos os problemas e descaminhos, ganharia com certeza o pleito. O processo de construção da candidatura foi altamente lento e gradativo. A assessoria de marketing do PT (Sonda) traçou alguns caminhos e a candidatura se mostrou ao eleitorado como “o novo...” Uma maneira diferente de governar. Antonina iria realmente dar seu ar da graça, pois se apostava em um governo focado na cidade, na participação popular através dos Conselhos Comunitários, priorizando a Educação, a Saúde e a geração de renda através do estabelecimento de políticas públicas, principalmente nas áreas vocacionais da Cultura e do Turismo.
Nepotismo era a palavra que sequer entrava nos debates. Todos repudiavam. Os cargos seriam ocupados por pessoas comprometidas com a campanha e de comprovada experiência em suas áreas. Era preciso enxugar a máquina pública e melhorar os serviços.
Dois anos depois, estamos agora à frente de mais uma eleição. Mas a gente sabe, que o país e o estado são figuras geográficas, políticas e abstratas. As pessoas vivem nas cidades. E se o cidadão não estiver satisfeito com a cidade que ele mora com sua família, ira externar nas urnas esta indignação, seja lá qual for a eleição.
As mudanças prometidas e sonhadas pelos eleitores que elegeram o atual prefeito, não foram cumpridas e não se vê nenhum procedimento político diferenciado das administrações anteriores. Aliás, se for feita uma pesquisa de opinião pública, quanto à performance da atual gestão, aposto que o índice de desaprovação chegue bem abaixo do sustentável.
O problema maior não é que a população não veja nada de novo e construtivo na cidade. O fato desanimador é a ausência total da participação da comunidade nos assuntos que lhes são pertinentes. Se ainda existem alguns Conselhos Comunitários são nas áreas de Educação e Saúde, por obrigatoriedade e cobrança dos Ministérios para a liberação das verbas. Nas outras áreas não existe nenhum Conselho constituído.
A bagunça administrativa contribui ainda mais, com o descaso para com a população. Pessoas sem a mínima capacitação técnica ocupam cargos de responsabilidade e exercem funções das quais não tem o mínimo conhecimento. Muitas ocupam cargos e sequer exercem tais funções. O desvio é total, ou seja, na atual administração ninguém se entende, poucos sabem o que estão fazendo e as propostas e metas discutidas a exatamente dois anos atrás, serviram somente para o palanque e para iludir mais uma vez o eleitorado, que ainda continua sonhando em viver numa cidade com boas expectativas, qualidade de vida, oferta de empregos e serviços públicos de qualidade. As propostas que foram estabelecidas pelo grupo que construiu a candidatura vitoriosa, sequer foram lidas no dia seguinte da posse. Colocaram-nas gavetas ou jogaram-nas no lixo.
Até parece que dá para entender por que o nosso prefeito não apóia abertamente nenhum candidato, para as próximas eleições. Bem...É bem melhor ele ficar quietinho em seu canto. E o leitor...Vai confiar em quem?

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