A eleição para governador do estado agita bastante os ânimos dos eleitores da cidade. Muito mais do que para a presidência da república. É que o governador está mais próximo e os políticos locais – vereadores e prefeito – sempre dependem de um bom relacionamento com o andar de cima.
Nos últimos trinta anos - período em que convivemos com a decadência econômica da cidade – que eu lembre, nenhum governador prestou grandes serviços para mudar a situação, e continuamos na esperança que algo caia do céu e que alguém nos diga o que devemos fazer.
Não existe nenhum projeto de desenvolvimento para a cidade e nem ao menos para a região. O governo estadual quando aqui investe, é no mínimo para manter os serviços básicos, e mais nada.
Nossa principal atividade regional ainda é a portuária que continua sob o predomínio estatal e nosso quadro empresarial não passa de micro e pequenos empreendedores.
O turismo, vocação natural da região, não é tratado com a devida seriedade e os governantes dão sempre continuidade a “boa” política da enganação. De “dourar a pílula” com umas obrinhas aqui outra acolá, somente para satisfazer os egos dos mandatários municipais. Sem nenhum planejamento.
A simples mudança de governador não basta. Temos é que realmente nos conscientizar da nossa importância, eleger legítimos representantes, políticos comprometidos com a região e cobrar dos governantes, todos os dias...Sempre. A dívida que eles tem com a nossa região é impagável e não podemos continuar mendigando e nos satisfazendo com o título de “região menos desenvolvida e mais pobre do estado”. No mínimo precisamos recuperar nossa indignação.
A mudança poderá começar elegendo um deputado estadual e um federal da região. Para que realmente possamos ter alguém que fale e entenda nossa linguagem e anseios. A Assembléia Legislativa precisa voltar a ter um gabinete com cheiro de bagrinho amarelo - cangatá.
Capitalizando
A campanha para governador nos dá também alguns prenúncios, do destino política da nossa cidade para as próximas eleições municipais. O diálogo é bem fácil e mais ainda esta sendo traduzir.
Dos candidatos que se apresentam, a decisão deverá ficar entre o Osmar e o Beto. Um deles será o nosso próximo governador. Políticos locais irão capitalizar a vitória e terão o direito de comandar politicamente o município, os cargos e seus desígnios.
Se o Osmar for o vitorioso, a ex-prefeita exilada Mônica – que é filiada ao partido do candidato PDT – fica com o mando. Caso o escolhido seja o Beto, os louros devem coroar a cabeça do Presidente da Câmara Municipal, Luiz Polaco. Ao menos são eles que estão colocando suas “caras para bater”.
Com o “sumiço” do prefeito Canduca - que deveria estar à frente do processo – perdemos mais uma vez nossa, até então, maior liderança. Que parece não perceber o mal que está causando para si, para a cidade e principalmente para os “seus” eleitores. Quando alguém se omite, não poderá reclamar daquele que ocupou o espaço.
Bem...Não estou participando ativamente do processo, mas faço minha leitura do lado de fora. E no domingo sei muito bem em quem devo votar. Pena que ainda não chegamos na plenitude democrática, onde o voto não é obrigatório. Aliás...Até na Venezuela não é.
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