Estive presente na Audiência Pública realizada na última quarta-feira,20 na Câmara Municipal de Antonina, onde foi apresentado pelas autoridades competentes um relato sobre as ações que estão sendo realizadas, pós tragédia de 11 de março. Quem mais usou a tribuna foi o prefeito municipal Canduca que falou por mais de 1h30min e de improviso procurou passar um diagnóstico da situação. Também usaram da palavra o diretor da Samae, Paulinho Broska e um tenente da Polícia Militar (desculpe me fugiu o nome) encarregado do atendimento às vítimas. No segundo momento o público, através de inscrição pode se manifestar, com depoimentos e perguntas.
O resultado politicamente foi positivo, pois a comunidade que não está acostumada a ouvir os políticos eleitos prestando contas, pode também cobrar ações que possam minimizar a situação pós-tragédia. O público esperado não foi a contento, pois faltaram representantes das vítimas diretamente atingidas, mas a galeria ficou com a sua capacidade lotada.
Entre as informações repassadas algumas me chamaram atenção, tais como:
a) Que a polícia militar irá mensalmente trabalhar com as comunidades que moram em áreas de risco, fazendo treinamento e cursos para reconhecimento do local e como conviver em situação de alerta;
b) Que foram liberados recursos pelo Governo Federal no montante de R$9milhões, e serão priorizados na construção de moradias e na manutenção de vales e córregos;
c) Que ainda não foi identificado o local que deverá ser construídas as casas, ou condomínio popular para os desabrigados;
d) Que ainda está sendo feito pela Cohapar o cadastramento detalhado das vítimas;
e) Que a administração municipal tem um “belo discurso” de reconstrução da cidade, com uma revisão de valores.
Dos vereadores
Os vereadores presentes participaram com indagações e depoimentos, cobrando do prefeito mais agilidade e transparência das ações ligadas a tragédia. Registramos a ausência dos senhores vereadores: Tutico, Celso Padeiro e Cide Militão.
Proposta
Como participante usei o direito da palavra e sugeri ao prefeito e a Cohapar, que na elaboração do projeto para alocar os moradores que perderam suas casas, que verificassem junto ao Ministério das Cidades - a possibilidade de aproveitar os imóveis abandonados no Setor Histórico (ruínas) para a construção de habitações às famílias que perderam seus imóveis, com mais de 100m2. O prefeito “tem a caneta” e poderá muito bem ampliar as ações das moradias com a recuperação de alguns imóveis históricos. De cara a representante da Cohapar, disse não. Mas parece que não entendeu minha proposta.
Também encaminhei proposta, no sentido de se nomear um Comitê da Reconstrução, com formação no princípio da paridade, composta por representantes da sociedade organizada e da prefeitura.
Acredito que a reconstrução de uma cidade passa obrigatoriamente pelas ações da própria comunidade. É ela que poderá decidir, melhorar e facilitar a relação com os governantes.
A realização da Audiência Pública para discutir os assuntos emergentes da comunidade marca mais uma etapa na reconstrução de uma sociedade mais democrática. E nada melhor do que ocupar o nosso parlamento para nos comunicar – ao vivo e em cores – com os responsáveis em manter a ordem e a qualidade de vida em nossa cidade.
Quero aproveitar – sem nenhum confete – e agradecer a presidência da Câmara de Vereadores, na pessoa do senhor Márcio Barela, que me atendeu e acolheu minha solicitação para a realização da referida audiência.
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