sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
NÃO ENTENDO V...
Se realmente o prefeito tinha um bom relacionamento com a
maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Antonina, poderia muito bem -
numa breve e clara conversa - ter convencido seus pares a eleger a chapa
apoiada pelo seu grupo. Mas o resultado foi uma goleada contrária de 7x4. A
mesa diretora por mais um ano continua na mão de seus oponentes.
Por que usou de subterfúgios nada convincentes, de
arrogância e prepotência se tudo estava sobre controle?
... DESCULPE MINHA SANTA IGNORÂNCIA!
Pobreza de Espírito
Final de ano e muita festa para comemorar o Natal e o início
de mais um ano. Nossa cidade continua a mesma com seu ar de grandeza do
passado, mas com seu vestido roto. A “Antonina de Verdade” continua com a
mentira e a incompetência dos administradores públicos, que como sempre,
priorizam seu bem estar o da família e apadrinhados, em detrimento das ações
voltadas para a comunidade.
A temporada de verão 2014 que era para ser iniciada em 10 de
dezembro, novamente o governo estadual contribui com o seu “eterno”
descaso para com a região, e deixa tudo, digo o pouco, para dia 20. Por aqui nada de
especial se deslumbra...
Meia dúzia de puxa-sacos oficiais (em todos os níveis)
comemoram o final do ano, se auto-presenteiam e se deslumbram com suas conta-poupanças recheadas pelos salários pagos com os
impostos dos contribuintes. Que se omitem e assistem o “passar da carruagem” e nem ao
menos ladram.
As praças – locais mais populares das comunidades – continuam
tristes. Sujas, com bancos quebrados sem flores e nenhuma “luizinha” para
agradar os olhares da criançada e o espírito da festa. Pobre e rica cidade.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
ENTREVISTA IV*
Bloco do Boi do Norte |
ENTREVISTA IV*
Voltando aos bois (Blocos Carnavalescos), fora do
carnaval, os grupos fazem apresentações distintas. O Boi do Norte faz a
encenação da morte e ressurreição e o Boi Barroso dança a Balainha. Eles
representam a cidade de Antonina? Como você vê isso?
Pela pouca diversidade que temos em nossas manifestações
culturais no litoral, quando os grupos de Antonina se apresentam é um sucesso.
Sabemos fazer isso muito bem. Temos uma riqueza musical que nenhum outro lugar
do litoral paranaense tem, porque temos uma escola de educação musical que é a
Filarmônica Antoninense. As pessoas desses grupos também são direta ou
indiretamente ligadas a essa escolaridade, através de parentes, amigos. Então
temos uma musicalidade patente na cidade, como a família Graciano, a família
“Pinto Louco” entre outras. Eles têm essa vivência no sangue, e quando chegam
em algum evento fazem sucesso.
Os grupos são bonitos: o Boi Barroso é rico visualmente, as
pessoas sabem trabalhar bem as cores, composições, brilhos; já a beleza do Boi
do Norte está na simplicidade, eles têm uma cor própria, uma cor “rota” (como
diz Adalice Araújo) bem característica deles, que parece velha, gasta, e que
também é linda, mas exige um outro olhar. Os blocos são muito distintos, apesar
de serem da mesma fonte, do mesmo lugar.
Os Blocos de Boi
representam o povo de Antonina?
Acho que eles representam uma parcela, uma pequeníssima
parcela do povo antoninense. É interessante perceber que os grupos sobrevivem e
eles não fazem as apresentações por dinheiro, acho que é uma coisa da alma. Os
organizadores sabem que não terão recursos, e mesmo assim eles saem na avenida,
como o Boi do Norte, com suas limitações. Parece que são alimentados por uma
vontade de cumprir seu papel no carnaval.
Depois, o grupo “desaparece” porque o carnaval parece que é o foco deles
e porque eles não têm uma sede física, não tem dinheiro, não tem apoio político
nem financeiro. Mas ainda assim eles continuam fazendo a festa. É o desafio da
sobrevivência que parece impulsioná-los, o elemento criador que está sempre à
frente de tudo. Então tem o grupo que mantém a tradição e o novo grupo que saiu
deles e que precisa criar algo novo, fazendo releituras.
Como você vê essa
questão do “boi rico” e do “boi pobre” ?
Veja bem, eu não usei esse termo, eu me referi ao bloco que
está mais próximo de manifestações mais simples porque as pessoas que
participam do grupo são de uma classe econômica menos abastadas. Para eles, uma
camiseta é suficiente para brincar no carnaval. Eles não têm essa pretensão de
usar uma indumentária brilhante para os olhos dos outros, o seu desejo é
simplesmente de participar da festa e basta àquela fantasia. E que fantasia é
essa? Será que é a indumentária ou a fantasia da sua cabeça, o desejo de estar
na festa? Então, se o bloco foi estigmatizado como “dos pobres”, pode até ser
dos pobres, mas não dos pobres de espírito, porque eles têm sua riqueza
cultural, é uma questão de parâmetros estéticos. A indumentária do grupo
reflete a sua própria realidade, é a estética do cotidiano deles, da casa, dos
móveis, da sua economia também, claro que é, mas antes de ser econômico, é
estético e cultural.
Para finalizar, você falou que Antonina tornou-se
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Os blocos de boi podem ser
considerados patrimônios da cidade?
Sim, os dois blocos fazem parte do nosso patrimônio
imaterial.
*final da entrevista com Eduardo Nascimento (Bó) concedida a
Beatriz Helena Furianetto (doutoranda da UFPR) 18-05-2013
Veja a entrevista completa no MARCADOR/Entrevista (coluna ao lado direito do blog).
sábado, 7 de dezembro de 2013
NÃO ENTENDO IV...
A próxima Festa do Caranguejo de Antonina será realizada na
Estação Ferroviária. Para que serve então o Mercado Municipal da cidade?
... DESCULPE MINHA SANTA IGNORÂNCIA!
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Em tempo de presentes...
Foto impressa em papel fotográfico Glossy - formato A4 - apenas R$50,00 Autenticada
Encomenda por e-mail: eduardobo1951@gmail.com ou ao vivo no JekitiCultural.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Tudo pode!
Apesar da cidade ainda ter um tráfego de veículos
suportável, o insuportável é a falta de respeito e responsabilidade de poder
público e de muitos motoristas. Ontem, mais uma vez fui vítima de mais uma
irresponsável aprontada.
Um caminhão de carga de material de construção achou para o
seu bem, parar na contra mão ao descarregar mercadorias na rua em que resido.
Fiquei minutos atrás dele, à espera da sua “boa vontade”. Eles fazem das
calçadas e ruas o que bem entendem.
A sinalização de trânsito da cidade é de responsabilidade da
prefeitura, que até o momento não fez absolutamente nada para solucionar os
problemas no centro da cidade. Ruas continuam sem placas e quando tem estão em
péssima situação. A fiscalização é de responsabilidade da Polícia Militar, que
também não faz sua parte. Então povo...Foda-se!
Nosso alcaide maior, em lugar de dar exemplo também usa a
calçada de frente a sua residência, para estacionar o seu carro e em muitas
vezes até o carro oficial ali pernoita.
Carga e descarga
Outro problema que se agrava por não termos um sistema de
trânsito nem sequer no “anel-central” é a falta de um horário para carga e
descarga em nosso comércio. Aqui as transportadoras chegam, param e descarregam
a qualquer hora. Fecham rua pelo período que desejarem e ninguém – a não ser
os prejudicados que reclamam – faz alguma coisa.
Parece que agora chegamos ao “fundo do poço”, e vivemos em
uma cidade onde a autoridade “responsável” nem sequer pensa ou faz alguma coisa
para beneficiar a sociedade como um todo. Senhores...Podem ficar a vontade!
Comenda Honório de Oliveira Machado
No último sábado, 30 nov, tive a honra de receber a
Comenda Honório Machado, concedida pela Augusta
Loja de Perfeição Dr. Carlos Eduardo Maia – Vale de Antonina e a Ordem Maçônica
e o Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná.
Pela primeira vez a
centenária Casa de Antonina homenageou personagens que não fazem parte de seu
quadro de irmãos, cabendo a mim e mais cinco personagens capelistas.
A cerimônia aconteceu em alto-nível sendo mais um dos belos
momentos vivenciais na minha pátria cidade. Também pude rever velhos e
memoráveis amigos tais como Eduardo Vieira, Nelson Barbosa, Yara Sarmento,
Antonio Gonzaga...Entre outros.
Obrigado a todos que souberam...Antes de qualquer coisa, transformar
minhas modestas ações de vida - muitas vezes não entendidas – nesta singela e
marcante homenagem.
“Honraria concedida anualmente, para
homenagear aqueles cuja atuação na Sociedade Antoninense em muito se coaduna
com os princípios da Ordem Maçônica, quando se constata que seus conhecimentos,
sua energia e parcela do seu precioso tempo são coladas de forma espontânea e
desinteressadas em benefício da coletividade, e que, por isso mesmo, são
exemplos dignificantes para todos os concidadãos”.
Pose para as fotos |
sábado, 30 de novembro de 2013
Homenagem – Comunicado aos amigos e familiares
Hoje, sábado 30 nov 13 – estarei sendo agraciado com
a Comenda Honório de Oliveira Machado concedida pela Augusta Loja de
Perfeição Dr. Carlos Eduardo Maia – Vale de Antonina e a Ordem Maçônica e o
Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná.
“Honraria concedida anualmente, para homenagear aqueles
cuja atuação na Sociedade Antoninense em muito se coaduna com os princípios da
Ordem Maçônica, quando se constata que seus conhecimentos, sua energia e
parcela do seu precioso tempo são coladas de forma espontânea e desinteressadas
em benefício da coletividade, e que, por isso mesmo, são exemplos dignificantes
para todos os concidadãos”.
Local: Loja Estrela de Antonina
Rua Antonio Prado, 06
Horário: 19h
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
NÃO ENTENDO...III
Se realmente a prefeitura tem recursos sobrando (R$1.900.000,00)
para complementar a obra da Av. Conde Matarazzo, a qual já foi licitada e paga
pela Transpetro.
Por que não aplicar os recursos para equipar o Novo Hospital
e coloca-lo a serviço da comunidade?
... DESCULPE MINHA SANTA IGNORÂNCIA!
terça-feira, 26 de novembro de 2013
“Até parece que tem cabeça de bode enterrada!” Histórias e Estórias XVII
“Até parece que tem cabeça de bode enterrada!”
Este é um ditado popular que ouvimos em muitas esquinas das
pequenas comunidades brasileiras, quando a crença popular está mais voltada para
o erro do que para o acerto, de uma ação que teria tudo para ser concretizada.
Ser um sucesso.
Até parece que a tal “urucubaca” deve mesmo existir,
e toma conta do imaginário popular.
Aqui em nosso rincão Guarapirocabano, o último “não deu
certo” a ecoar por toda cidade, foi referente à instalação da empresa Techint
junto ao falecido Porto Barão de Teffé - que há muitas décadas não aporta
nada - de propriedade do Governo Estadual.
A tal empresa já estava treinando funcionários, e não é que uma quebra de contrato interrompeu o percurso... e de
novo “ficamos a ver navios...” Agora foram plataformas.
“Crer em bruxas não creio... mas que elas existem...
existem!”
Revendo nossa história, deparamos com fatos interessantes e
até intrigantes, mas que certamente poderiam ter influenciado esta
desconcertante descrença. Até parece “praga de madrinha”.
Desde nossos primeiros povoadores, 1712 - conta Ermelino
de Leão¹ - o então todo poderoso Valle Porto encomendou a um santeiro da
Bahia uma imagem de Nossa Senhora do Pilar, santa venerada por um grupo de
devotos do pequeno povoado. Não se sabe porque, o santeiro envia a imagem de
uma outra santa: Nossa Senhora da Soledade.
A comunidade não aceita a imagem e é devolvida para o
santeiro em troca da solicitada.
Para determinada parcela de devotos, devolver uma santa (seja
ela qual for) é um ato que poderá dar azar, e toda a comunidade será
atingida. Deve ser a tal “praga de madrinha”.
A imagem encomendada da Santa do Pilar, mais tarde foi
recebida e reina até os nossos dias em seu ordeiro santuário.
Nos anos que sucederam o golpe militar de 64, nossa
comunidade católica foi pastorada pela Congregação Redentorista (padres
americanos), que de toda a maneira tentou impor o culto a Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, em detrimento a tradicional padroeira do Pilar. Mas apesar da
grande adesão de devotos à santa do “quadro milagroso”, continuou prevalecendo
a crença em nossa histórica padroeira.
Novamente podemos constatar um conflito de crenças e mais
uma vez, uma outra santa foi rejeitada e apenas ficou com uma capelinha de
madeira. Bem... Coisas de crenças!
O mais recente e interessante envolvimento religioso
com a cidade aconteceu no final dos anos noventa. Onde o INRI Cristo comprou
uma chácara no Bairro do Saivá e lá se instalou com seus discípulos. “Aqui é a
nova terra prometida e irei alicerçar meu templo... luz para o novo milênio”,
aclamava sua “santidade”.
A população novamente rejeitou a ponto de ter que vender sua
propriedade e procurar outra cidade para instalar sua nova moradia.
Comenta-se que ele – considerado o novo “filho do pai”
– amaldiçoou o local, devido sofrida rejeição.
Para muitos isso pode ser considerada heresia de minha
parte, mas como “escrivinhador” tento narrar parte da vivência e informações
que adquiri ao longo dos meus modestos anos.
Particularmente sou incrédulo em tais fatos, e vejo com
tristeza crenças pessimistas relacionadas com a cidade.
Minha fragilidade faz-me acreditar que vivemos numa região
economicamente pobre e politicamente obtusa, onde nossa auto-estima minguou. E
somente num passe de mudança de comportamento, que poderemos resgatar a luz do
crescimento, priorizando a educação e a geração de renda e emprego. Com ou sem
santo. Acredite se quiser!
¹De
Leão, Ermelino Agostinho. Homens e Fatos de Antonina, 1918.
NÃO ENTENDO...II
Por que o Hospital Municipal Novo (com o velho nome) ainda não
está funcionando, após um ano de entrega. Recurso financeiro não falta, pois “continuamos”
pagando um aluguel de R$20.000,00 mensais para usar a antiga sede da sucateada
Maternidade... Qual será a dificuldade?
DESCULPE MINHA SANTA IGNORÂNCIA.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
JekitiCultural 7...Personagens
O JekitiCultural 7 - apesar da chuva intensa– novamente foi
marcado pelo encontro de pessoas.
A animação ficou por conta do pessoal dos
Amigos da Carioca, dos integrantes do
Boi Barroso (leia-se família Pinto Loco)
e da Velha, somados aos poucos expositores que deixaram
a chuva de lado e
vieram para o abraço. Caetano saiu _a toda prova - comprar mais duas lonas para
proteger a alegria. E viva a vida e o JKTCultural. O próximo será no domingo 29
de dezembro,
com muito espumante e foguetório.
Veja mais fotos:
www.facebook.com/photo.php?v=226992094128008,
www.facebook.com/photo.php?v=227011337459417&set=vb.100004516564671&type=2&theater,
www.facebook.com/photo.php?fbid=758138917536444&set=pcb.758139090869760&type=1&theater,
www.facebook.com/photo.php?fbid=376319172503352&set=a.376307559171180.1073741850.100003758177188&type=1&theater,
www.facebook.com/photo.php?fbid=546583168756086&set=a.546579772089759.1073741867.100002132241608&type=1&theater
Como a vida é única. É com pesar que registramos o falecimento
do nosso companheiro de todos os dias João Túlio. Que ontem nos deixou “aqui no
andar de baixo”.
Cumprimentos dos amigos do Jekiti aos seus familiares.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Depois que passaram as festas..."vale a pena ler de novo"
Publicado em 20/08/2009 e no livro "Tenho Dito" 2012
DEPOIS
QUE PASSARAM AS PRINCIPAIS FESTAS ANUAIS DA CIDADE...
Ao menos para o
turismo. É o momento de se abrir um canal de diálogo entre a sociedade, a
administração pública e os promotores dos tais eventos.
Ainda carecemos de um
canal participativo oficial – Conselho da Cidade, Conselho de Cultura... ou de
Turismo –, instrumentos legais e ligados diretamente aos eventos, como meios de
manifestação cultural e turístico. Faz-se necessário um espaço para que se
possa avaliar o que foi feito este ano, aparar as arestas e partir para um
projeto mais aperfeiçoado e profissional.
A maior parte das
nossas festas, principalmente as mais importantes, são públicas e ocupam espaço
urbano não projetado para o seu desenvolvimento.
Sendo a construção de
um Centro de Eventos algo para se pensar – falo há mais de 20 anos – em médio
prazo, se faz necessário definir, ao menos, um novo espaço urbano que possa
agregar esse tipo de manifestação, com a mínima infraestrutura necessária. Caso
isso venha a acontecer, muitos serão os benefícios, principalmente quanto à
preservação ambiental, do nosso calçamento e dos prédios históricos e,
principalmente, respeito aos moradores e comerciantes legalmente aqui
estabelecidos.
Já se faz o tempo de
reconhecer que vivemos em uma cidade especial, rica historicamente e de uma
natureza exuberante e protegida por lei. Nossos monumentos históricos, como as
Igrejas, o Theatro Municipal, a Estação Ferroviária, o prédio da Prefeitura e até a nossa centenária Escola “Dr. Brasílio Machado”, merecem ser protegidos
e ficar imunes às intempéries das barracas e de outros utensílios
barbarizantes.
A sociedade deve ser
ouvida. A administração municipal deve assumir suas responsabilidades frente à
cidade e ao evento e impor normas e limites para o uso dos espaços públicos e
principalmente para a exploração comercial.
Se alguma instituição
achar por bem tornar sua manifestação algo público e precisar utilizar os
espaços abertos e urbanos, independente de quem seja: Associação de Bairro,
Entidades Religiosas, Acadêmicas, Clubes de Serviço e até mesmo a prefeitura,
deverá obedecer determinados critérios e limites, garantindo a liberdade de
expressão e o direito de cada cidadão.
Precisamos iniciar um
processo para a melhoria da nossa qualidade de vida. E se as nossas festas são
meios de geração de renda, não deveriam continuar sendo feitas sem nenhum
critério. Precisamos discutir para melhorar. Todos ganham, desde que não
continuem olhando para os seus umbigos.
P.S. Meu convite como
ex-sócio e fundador da Aestur – Associação dos Empreendedores de Serviços
Turísticos de Antonina – para a entidade dar início ao processo.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
NÃO ENTENDO..
Por que a obra de revitalização da Av. Conde Matarazzo está
parada há mais de 60 dias e nem ao menos estão fazendo as calçadas e a
ciclovia?
...DESCULPE MINHA IGNORÂNCIA!
Resultado de Enquete
Quanto a Criação do Parque Municipal Natural da Laranjeira
Sou favorável: 83%
Sou contra: 6%
Melhor é deixar como está: 4%
Não tenho opinião formada: 6%
Total de votos: 98
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
ENTREVISTA III
Foto ilustrativa. Atelier do Boi Barroso. |
ENTREVISTA III*
Você acha que o
carnaval tem sido uma representação da comunidade?
“Acho que nosso carnaval é um pouco das Escolas de Samba e
dos Blocos de rua do Rio de Janeiro, é um pouco da Bahia com trio elétrico, e
os Blocos do Boi referem-se ao norte e nordeste, então, daqui mesmo é muito
pouco.
O carnaval mais tradicional do Paraná é uma grande mistura.
Ainda assim, Antonina é a cara do Paraná, é isso mesmo, um pouco de cada coisa.
Então, hoje temos um carnaval que sem dúvida é muito bom, uma festa tranquila,
cheia de alegria, não é aquela “festa da carne” como o nome diz, mas é o "carnaval da família", onde as pessoas podem sair nas ruas com tranquilidade, e é
um carnaval diversificado, que tem de tudo.
Sábado tem desfile dos blocos e baile na rua com trio
elétrico, domingo tem o desfile das Escolas de Samba, mas entre 1980 e 1990 os
antoninenses viraram platéia, ficavam assistindo as pessoas virem de fora com
suas plumas e paetês, nos seus carros alegóricos.
Hoje não, a cidade incorporou mais as Escolas de Samba.
Essas Escolas até a década de 1980 eram grandes blocos carnavalescos, depois
começaram a ser formato de alas, a copiar o Rio de Janeiro, começou a ter
concurso entre as escolas. Hoje o concurso acabou, mas se é Escola de Samba tem
que ter concurso, senão é como ter time de futebol e não participar de
campeonato parece uma coisa estranha.
No caso dos blocos carnavalescos, principalmente no caso do
Boi do Norte que é mais tradicional, eles sempre foram uma manifestação mais
simples e espontânea possivelmente trazida por algum trabalhador, algum
estivador do norte ou nordeste do Brasil que veio para cá e montou o grupo, não
tenho esse dado. Então, são sempre pessoas simples com seus ornamentos de
acordo com a sua cultura, a sua simplicidade, e que faziam do momento do
carnaval a sua festa, a sua alegria. Sempre fui a favor, tentei defender – em
um determinado momento - um espaço para que essas pessoas continuassem tendo o
espaço delas, em detrimento das Escolas de Samba que cresceram e “viraram
luxo”, enquanto os blocos “viraram lixo”.
Quando as Escolas de Samba ganharam alas e carros
alegóricos, houve um choque de comportamento, de identidade, de fantasias. É um
choque mesmo colocar a Escola da Capela, por exemplo, ao lado do Bloco do Boi.
E nos últimos anos, esses blocos também estão se transformando em alas. O que
acho mais preocupante ainda, além dessa transformação de Blocos em Escolas de
Samba, é a maneira como eles interagem com a população no dia do carnaval. A
minha concepção de Bloco é que há uma interação com a comunidade, a qual vai
atrás, vai junto...Participa da “coreografia espontânea”, não é uma platéia.
Espetáculo é Escola de Samba, tem um sambódromo, um grande teatro ao ar livre,
tem horário, coreografias, baterias, e você aprecia o espetáculo.
O Bloco é uma folia comunitária, uma catarse, onde todos
participam. O Bloco do Boi é maravilhoso, antes o boi saia feito “um louco”
atrás da criançada, mas hoje não, cercam a avenida e fazem aquela apresentação
triste, é um boi triste.
Nova eles vêm perdendo identidade, o encontro com a
população envolvente.
Os participantes, principalmente no caso do Boi do Norte que
é mais tradicional, fazem essa simbiose com a comunidade, são eles que chamam a
comunidade para participar, mas quando colocaram a cerca, virou desfile.
Posso estar enganado, mas é a minha concepção. Antigamente
os blocos brincavam livremente, não havia desfile nem horários rígidos.
Mudanças aconteceram, acho que os organizadores, as
autoridades responsáveis pela festa, se preocupam demais com a organização do
evento. É claro que deve ter infraestrutura, segurança, recursos, mas
determinadas situações não precisam ser organizadas, e não existe um debate
aberto com a sociedade, que com certeza contribuiria para ajustar algumas
deficiências”.
Continua na próxima semana...
*entrevista com Eduardo Nascimento (Bó) concedida a Beatriz
Helena Furianetto (doutoranda da UFPR) 18-05-2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Memória Fotográfica
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
EQUÍVOCOS?
Ontem a cidade festejou seu aniversário, considerando
o 6 de novembro de 1797 quando deixou de ser somente uma comunidade
religiosa e se tornou politicamente Vila Antonina, que depois virou cidade. Ao
completar seus 216 anos de autonomia política, ouvimos e acompanhamos algumas
postagens nas redes sociais – e até no palanque oficial - que de fundação
completamos 299 anos e ano que vem comemoraríamos nossos 300 anos.
Como um modesto cidadão – pois não sou historiador –
tenho lido nos alfarrábios escritos pelo historiador Ermelino de Leão*, que o 12
de setembro de 1714 se refere à
data da autorização para construção da capela de Nossa Senhora do Pilar, pelo
então bispo de Rio de Janeiro, D.Francisco de São Jerônimo. Em terras doadas
por Valle Porto, que aqui se estabeleceu por volta de 1712.
É bom deixar bem claro que oficialmente nossa cidade não tem
data de fundação e nem mesmo hino oficial. Temos datas e hinos para todos
aqueles que a quiserem mais velha ou mais nova. Mas nenhum gestor teve a
capacidade cognitiva de promover e oficializar tal e importante lei.
Na então gestão do prefeito Canduca foi nomeada comissão
para discutir e propor a data de fundação e o hino oficial, e dentro do prazo
estabelecido foram concluídos os trabalhos e emitido os pareceres. Mas sua
displicência e descaso – marcas da gestão – foram mais eficientes e nada
foi encaminhado para que realmente possamos comemorar com conhecimento, uma
data que tanto proclamamos...E “não temos”.
12 de setembro de
1714 – início da construção da igreja
6 de novembro de
1797 – elevação a Villa Antonina (fundação).
E Tenho Dito!
* Leão, Ermelino Agostinho de. Homens e Fatos de
Antonina. 1918.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
6 DE NOVEMBRO DE 1797 - Vale a pena ler de novo
Vista parcial da cidade em 1930 |
Publicado em 5 de novembro de 2009
Pequena História da Cidade
Os primeiros registros encontrados sobre o nosso povoamento, data do século XVII, mais precisamente entre os anos de 1646 e 1649, quando o Provedor de Paranaguá, Gabriel de Lara autorizou os assentamentos de Antônio de Leão, Pedro Uzeda e Manoel Duarte na região conhecida como Guarapirocaba, primeiro nome da Ilha do Teixeira.
Mas, somente em 1712, o Sargento-Mór Manoel do Vale Porto – considerado o fundador da cidade – se instala por aqui e cria o Sítio da Graciosa (Ilha do Corisco). Vale Porto reconhecendo a crendice católica da população pela Virgem do Pilar, mandou construir uma capela dedicada a sua devoção, sendo autorizada pelo bispo do Rio de Janeiro em 12 de setembro de 1714, e oficialmente inaugurada no dia 14 de agosto de 1722. A capela passa a ser a mais nova referência para a sua população, que passou a ser conhecida como “capellista”, por estar situada em torno da capela, e a ser denominada de Freguesia de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa.
Em 06 de novembro de 1797, é assinada a sua emancipação política de Paranaguá, e passa a ser denominada como Villa Antonina, em homenagem ao Príncipe Dom Antonio, filho de Dom João VI e da rainha Dona Carlota Joaquina de Bourbon.
Por sua localização privilegiada entre a serra e o mar, a Vila Antonina cresceu e teve no porto a sua mais importante atividade econômica. No início do século XX contava com mais de dez atracadouros particulares, onde movimentavam as mais diversas cargas, entre elas, erva-mate, madeira, trigo e sal que desembarcavam através do porto das Indústrias Francisco Matarazzo. Até a década de 40, o Porto de Antonina estava entre os cinco mais importantes portos em movimentação do país.
No final dos anos noventa, após cinco décadas de declínio e estagnação, o município volta conviver com a movimentação portuária, graças a instalação dos Terminais Portuários da Ponta do Félix, de iniciativa privada.
(texto do extraído do ensaio: Memórias do Litoral/Sesc-Pr. Eduardo Nascimento-2007)
Por sua localização privilegiada entre a serra e o mar, a Vila Antonina cresceu e teve no porto a sua mais importante atividade econômica. No início do século XX contava com mais de dez atracadouros particulares, onde movimentavam as mais diversas cargas, entre elas, erva-mate, madeira, trigo e sal que desembarcavam através do porto das Indústrias Francisco Matarazzo. Até a década de 40, o Porto de Antonina estava entre os cinco mais importantes portos em movimentação do país.
No final dos anos noventa, após cinco décadas de declínio e estagnação, o município volta conviver com a movimentação portuária, graças a instalação dos Terminais Portuários da Ponta do Félix, de iniciativa privada.
(texto do extraído do ensaio: Memórias do Litoral/Sesc-Pr. Eduardo Nascimento-2007)
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
PARQUE MUNICIPAL NATURAL DA LARANJEIRA
Aconteceu hoje, 04 de novembro-10h30, a entrega do
Relatório de estudos do Grupo de Trabalho da Laranjeira, ao Presidente da
Câmara de Vereadores de Antonina, vereador Marcio Balera. Protocolado sob o nº
511/2013.
O grupo de estudos GT da Laranjeira - desde abril
de 2012 vem se reunindo e discutindo as possibilidades de utilização do Bairro
da Laranjeira, cuja área foi drasticamente atingida pelas chuvas de março de 2011.
O Relatório Técnico propõe a criação de uma Unidade de
Conservação denominada de Parque Municipal e Natural da Laranjeira,
que poderá ser discutido e aprovado por aquela Casa de Leis.
Participantes do grupo de voluntários: Ailde Mendes Polari, André
Garcia, Caetano Cândido Machado, Cássia
Fonseca, Eduardo Bittencourt do Nascimento (articulador), Fernando José
Dias, Izis de Oliveira Mendes, José Maria Rosa Filho, Julio César Campos, Laís
de Oliveira, Mônia L.F.Fernandes, Nelson Mendes, Ruth Fernandes de Oliveira, Wagner
Corrêa Santos.
cópia do expediente do GT |
Foto da reunião na Câmara Municipal após entrega do documento. |
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
ENTREVISTA II*
Primeiro é a vontade política, que passa por algo chamado
educação e conscientização do que eu sou e para onde eu vou. Nós não temos
conscientização por falta de educação. Então, a educação é elemento fundamental
para a formação da personalidade e da consciência. Não adianta apenas vontade
política se a população não tem consciência, mas a sociedade consciente obriga
a autoridade a fazer, e a sociedade não vai votar em uma autoridade que não
esteja envolvida com a sua identidade.
Hoje o grande problema é o conflito de identidades, não há uma
conscientização de quem somos, dos valores que temos e sem isso não vamos a
lugar algum.
O que os antoninenses
podem fazer para construir uma identidade cultural?
Tudo passa pela educação, é um processo a médio e longo
prazo. A maior dificuldade para diminuir esse prazo se encontra na própria
comunidade, para se criar grupos que possam trabalhar em comum, para que esses
valores sejam conversados junto com a comunidade.
O Paraná tem uma diversidade cultural, muitos imigrantes,
mas não é o nosso caso aqui, nós somos índios. Quando os portugueses chegaram
aqui encontraram os carijós. Hoje, não temos mais os índios nem os portugueses,
os japoneses e os alemães que vieram depois foram embora na guerra, ficaram
alguns italianos em Morretes. Por exemplo, o caldo cultural de Morretes, cidade
vizinha, é totalmente diferenciado de todas as outras cidades, lá se encontra
uma certa identidade porque Morretes ainda é considerada uma “colônia
italiana”. Em Antonina nós não temos mais isso, perdemos com o tempo, com a
decadência econômica essas famílias procuraram outros horizontes. Ficaram aqui
pequenos comerciantes, uns comércios de sobrevivência... Farmácia, barbearia,
padaria, mas não tem uma atividade econômica que dê sustentabilidade para a
própria identidade da cidade.
Hoje, em Antonina, é
possível perceber traços dos índios e portugueses?
Acho que temos um pouco dos costumes indígenas na
alimentação, na contemplação do mar, dessa paisagem caiçara, que é uma paisagem
altamente diferenciada da serra acima. Esse é um dos potenciais que falávamos,
e que pode ser transformado em atrativo turístico. Mas temos que ter um cuidado
enorme para que o turismo seja sustentável, em que a consciência da cidadania e
da natureza seja maior que os interesses do turista. É complicado quando o
turista se torna o centro das atenções, ele vem e explora, é o turismo pelo
turismo, a troca do capital pelo produto e serviço, isso é horrível. Então
temos que ter cuidado ao transformar nosso potencial em produto e serviço.
A festa também pode
ser um caminho para atrair turistas?
Acho que é um grande caminho, mas tenho um certo receio com
festa porque ela deveria se chamar evento: como a festa vem, ela vai embora.
Então, a festa deve ser realmente uma representação da comunidade.
Continua na próxima semana...
*entrevista com Eduardo Nascimento (Bó) concedida a Beatriz
Helena Furianetto (doutoranda da UFPR) 18-05-2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
GT da Laranjeira...proposta.
Presentes na última reunião |
Área proposta para a criação do Parque Municipal Natural da Laranjeira |
GT Laranjeira - É um grupo de trabalho voluntário, criado em abril de 2012 no sentido de discutir e elaborar uma proposta de uso sustentável para a área atingida do Bairro da Laranjeira. As reuniões foram realizadas na Biblioteca Pitagórica – Clio – Batel.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Resultado da ENQUETE:
Como você avalia os 9 meses da Gestão João Domero?
Ótimo: 9%
Bom:14%
Mais ou menos: 12%
Ruim: 9%
Péssimo: 33%
Decepcionante: 18%
NDA: 2%
Total votantes: 143
Uma enquete nada mais é que uma “fotografia” do momento
daquele grupo quanto aquele assunto. No caso da Administração Municipal gestão João
Domero, os últimos resultados tem registrado um total descontentamento com
a condução da cidade. A maioria (33%) votou que a administração é Péssima.
Se somarmos o lado positivo teremos um total de 23% (ótimo e bom), que é
considerável. Em compensação o lado negativo soma 60% (ruim, péssimo
e decepcionante).
O critério Decepcionante, dificilmente se encontra em uma
enquête, mas como nosso eleitorado tem como critério à amizade e não a
capacidade, achamos por bem coloca-lo. E fica claro que dentre o eleitorado do
prefeito, 18% está Decepcionado.
Números são números. Ou se leva a sério ou se ignora. Uma
questão de escolaridade. Podem ficar a vontade!
terça-feira, 15 de outubro de 2013
ENTREVISTA I *
Como você descreveria
a identidade do povo antoninense?
Nós sofremos um grande problema de identidade com a falta de
perspectiva econômica, pois estamos há mais de trinta anos tentando sobreviver
ao golpe econômico que aconteceu a partir da ditadura de 1964. Com o fechamento
de indústrias e do porto, e investimento maciço na área portuária de Paranaguá,
a nossa economia foi à decadência. Então, quem mais sofre com a decadência
econômica é a população. Seus filhos precisam sair dos seus locais para
encontrar novos horizontes. Nisso eu me incluo, porque saí daqui com 21 anos e
retornei com 54. Penso que hoje vivemos um momento de resgate da identidade
cultural, porque temos a possibilidade de desenvolvimento de um projeto de
recuperação da história da cidade, quando o governo federal decreta o
tombamento da cidade como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Acho que
aí começa um novo período, que é o resgate da nossa auto-estima a partir da
reconstrução da nossa história. Hoje, a história de Antonina pode ser
considerada latente, mas não patente. Se precisarmos de uma documentação
histórica, contamos somente com o livro do Ermelino de Leão, mas essa obra é de
1918, ou seja, passamos quase um século sem contadores de história e
pesquisadores. Então, acho que temos um problema de falta de identidade.
Se não temos uma
identidade formada, temos algumas características. Você pode falar dessas
características?
Eu diria que vivemos em uma cidade com vocação natural para
a atividade portuária, tanto é que até a metade do século XX, ela foi sempre
explorada como o maior polo econômico e portuário do Paraná. Ela ainda tem essa
vocação, mas, com o desenvolvimento econômico mundial, ela deixa um pouco essa
sua vocação e sua atividade econômica se volta ao turismo. Infelizmente as
autoridades municipais, estaduais e federais ainda não deslumbraram essa
vocação que a cidade tem.
Hoje, com o tombamento, não se pode instalar indústria
poluente, tem que ser indústria criativa. A característica da cidade é seu
espírito e vocação turística e ecoturismo, porque além de fazermos parte de um
processo de proteção cultural, Antonina faz parte de uma área de preservação
permanente. Então, temos tudo para crescer, nossas características estão
abertas, temos um potencial enorme para o crescimento sustentável. Essa é uma
das nossas características - que eu percebo. Sem dúvida, a parte cultural e que
me toca - porque me dediquei à vida inteira a essa área - é o nosso maior
potencial, através da sua história, do seu memorial arquitetônico, dos seus
eventos, das suas festas religiosas, pagãs e culturais. Antonina já tem alguns
marcos culturais como eventos, mas precisa desenvolver-se como sendo ela mesma
o evento permanente, e não acontecimentos isolados. A cidade precisa ser um
marco cultural o ano inteiro, tem potencial para isso, é conhecida
nacionalmente, mas desconhecida localmente.
Continua...na próxima semana
*entrevista realizada em 18.05.2013 a Beatriz Helena Furianetto (doutoranda da UFPR)
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Porto de Antonina...Histórias e Estórias XVI
Foto meramente ilustrativa - Porto 1930 |
Porto de Antonina
Ermelino de Leão¹ em seu livro de 1918, se apropria do
relatório de 1877, do Barão de Teffé, para descrever determinadas “minúcias e
verdades” sobre o então porto antoninense.
Entre as vantagens na época assinaladas está: “a situação
topográfica de Antonina, que oferece dois acessos na serra, o da Graciosa e do
Itupava, para a comunicação com o interior do Paraná”. Sendo o da Graciosa,
convertido em uma das melhores estradas de rodagem que o Brasil possui (a
Estrada da Graciosa foi construída para ligar o primeiro planalto ao Porto de
Antonina – inaugurada em 07 de julho de 1873).
Fala de uma próspera comunidade, que na época (1877) contava
com uma população 6 mil “almas” e que tinha vivenciado recentemente a elevação
a cidade (1857). “Cidade pitoresca, que goza de um clima ameno e salubre,
bem como soberbamente férteis as terras, principalmente no magnífico Valle do
Cachoeira, que parece fadado às mais prosperas colônias”.
“O Barão do Teffé
estuda sob todos os aspectos a superioridade do porto de Antonina, traçando um
belo relatório, que com prazer, reproduzimos integralmente neste trabalho
porque é um eloquente depoimento a favor do grandioso futuro desta terra”...conclama
Ermelino de Leão.
Aqui registro algumas citações do Barrão de Teffé, que no
momento considero essenciais a nossa identidade:
... “Tem, pois, o
município de Antonina recursos próprios, e como entreposto do interior de toda
a província vê-se na cidade e porto um continuo movimento comercial que lhe dá
vida e animação.
As ruas da cidade
são em geral direitas, largas e limpas, as casas espaçosas e asseadas, o
mercado bem provido e, sobretudo de carne verde superior e pelo preço
barato de 200 reis o quilo e as suas fontes públicas abastecem de boa água
a população.
Em resumo, em
Antonina, a vida é cômoda e econômica, a índole do povo pacífica e alegre
ativo e sobremodo amável e hospitaleiro o caráter dos habitantes”.
...“Hoje Antonina
ostenta o mais importante estabelecimento industrial do Estado – o Moinho
Matarazzo erecto no próprio ponto assinalado por Antonio Rebouças para estação
marítima da estrada de ferro do Paraná, e servido por uma linha férrea que o põe em fácil comunicação com o
interior do Estado”.
...“O futuro de
Antonina está, pois, plenamente assegurado. O que devemos é trabalhar, com afã para que o advento dos dias de progresso não seja retardado pela
nossa incúria É para lamentar que, no contrato de melhoramentos dos portos do
Paraná fosse Antonina esquecida. Não somos dos que creem que, em futuro não
muito remoto, os portos internos do Paraná se prestam para atender ao crescente
volume do nosso comercio externo.
Teremos de cogitar
na construção de um porto atlântico, em pleno oceano, que permita a franca
navegação ao navios de alta tonelagem, se não quisermos ficar eternamente
tributários dos portos de Santos e de S. Francisco. Esta se nos afigura a
nítida compreensão das exigências do ardiloso futuro reservado ao Paraná.
Mas, nem por isso,
nos devemos descuidar do presente e da conservação e melhoria dos nossos
ancoradouros de Paranaguá e Antonina. Ambos são necessários para o atual
movimento comercial do Estado, ambos podem e devem ser melhorados para permitir
a expansão das nossas forças econômicas. A natureza está, sem duvida,
escrevendo um capitulo de geologia, como bem observou douto viajante italiano.
As nossas baias, dia a dia são obstruídas pelos detritos arrastados pelos
numerosos rios, que lhes são tributários.
Tudo isto é triste
e evidente verdade”.
E concluí: “É
necessário, pois, que os poderes municipais de Antonina concentrem os seus
esforços uniformemente, no sentido de obter esse resultado: a melhoria das
condições do Porto sem maior ônus para o comercio que dele se utiliza”.
Antonina, 07 de outubro
de 2013
Eduardo Bó do
Nascimento
¹
Leão, Ermelino Agostinho de. Antonina, fatos e homens. 1918.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Antonina _ Síntese cronológica
Palestra no Brasílio Machado aos alunos da UFPR/Litoral |
"AntonICH resgatando memórias.
Prof Eduardo Nascimento apresenta uma síntese histórico-cultural da
constituição e consolidação de Antonina. Um olhar muito especial de quem nasceu
na cidade e depois de uma vida docente na UFPR, volta a viver na terra natal".
(Prof.Valdo José Cavallet/ Diretor do Setor Litoral da UFPR).
ANTONINA – Síntese cronológica
Pré História _ Os tambaquibas – Sambaquis
1646/1649 – Autorizado os primeiros assentamentos
(sesmarias) pelo Provedor de Paranaguá, Gabriel de Lara de Antônio de Leão,
Pedro Uzeda e Manoel Duarte na região conhecida como Guarapirocaba, primeiro
nome da Ilha do Teixeira.
1712 - Sargento-Mór Manoel do Vale Porto –
considerado o fundador da cidade – se instala por aqui e cria o Sítio da
Graciosa (Ilha do Corisco).
1714 – 12 de setembro, autorizada a construção da
capela de Nossa Senhora do Pilar, pelo bispo do Rio de Janeiro, e inaugurada em
14 de agosto de 1722, passando a ser denominada de Freguesia de Nossa Senhora
do Pilar da Graciosa.
1738 – Início do Caminho da Graciosa, partindo de
Curitiba.
1797 – 6 de novembro, emancipação política e criação
da Villa Antonina.
1857 – 21 de janeiro, elevação à cidade.
1873 – 07 de julho, inaugurada a Estrada da Graciosa.
1877 – Porto de Antonina – relatório do Barão de Teffé.
1885 – 2 de fevereiro, inauguração da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá.
1892 _18 de agosto, inaugurados o ramal ferroviário
Morretes-Antonina e a Estação Ferroviária
da Laranjeira.
1900 _ Início do período de
desenvolvimento portuário, com as instalações de novos atracadouros. Ciclo da
erva-mate e madeira.
1914_ Início das instalações das
Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo.
1964_
31 de março, Golpe Militar.
1965 _ Estatização da Cia.Withers de
Navegação.
1973_ Início das atividades voltadas ao
turismo. Antonina, Mar, Arte e Amor.
1975 _ Fechamento das Indústrias
Matarazzo.
1985 – Encerramento das atividades
portuárias.
1989_ Incentivo às atividades
turísticas: festas, patrimônio e gastronomia.
1991 _ Realização do 1º Festival de
Inverno da UFPR.
1996
– Concessão para
construção dos Terminais Portuários Ponta do Félix.
2008 – Aprovação do Plano Diretor.
2011 _11 de março, deslizamentos e
enchentes;
_29 de junho, tombamento parcial da
cidade pelo Iphan. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Grupos interessados na palestra é só entrar
em contato: eduardobo1951@gmail.com.
Público alvo: maiores de 16 anos. Ambiente adequado com tela e projetor datashow.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Enquete. Como você avalia...
....os 9 meses da Gestão João Domero?
Registre sua opinião- na enquete ao lado direito superior do blog.
Aqui você pode opinar! Vote agora.
Mais um JekitiCultural.
O JekitiCultural 5 foi um sucesso. A marca do evento vem
sendo construída mês a mês, e tem como ingrediente principal o reencontro.
Pessoas se reencontram pessoalmente ou através das fotografias expostas e muita
conversa de recordações. Além da boa música dos nossos cantores e
instrumentistas e dos blocos folclóricos que sempre marcam presença.
No 5º tivemos o Bloco do Boi do Norte.
Já estamos pensando no próximo, que será realizado dia 27 de
outubro – sempre no último domingo do mês. Venha trocar boas energias e
aproveite para ouvir boa música, degustar um bom café com um bolinho de banana
feito na hora. Se tiver o que mostrar (fotografias, antiguidades, pinturas,
poesias...) aproveite o espaço para divulgar.
Veja alguns registros fotográficos:
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