Hoje quem vai pro Divã do Jekiti é nosso amigo “paciente” poeta,
compositor e professor Reinaldo Gonçalves Moreira - Pardal, que nos enviou esta
história. Conta pra nós Pardal:
MEIA VOLTA COMPANHEIROS
“Vou reproduzir aqui, uma estória que ouvi do saudoso Joel da Silva, mais conhecido como Cabo Chico, grande contador de estórias. No início do século passado, o movimento portuário era intenso, assim como o movimento noturno na Rua do Esteiro. Havia uma certa disputa entre Estivadores e Marinheiros pela ocupação das casas de diversão, ali devidamente instaladas, entretanto, desigual, pois os marujos além de serem novidades, carregavam o vil metal em quantidades maiores e esta preferência era o estopim para embates violentos. Numa noite, Jorginho Cabo Chico, pai do contador original deste fato, acompanhado de 3 outros estivadores, ao dobrarem a esquina do 29 de Maio, observaram 2 marinheiros fardados caminhando em direção à uma das casas. Jorginho que era um sujeito esguio, engraçado e tinha algo de boêmio e poeta, montado em sua bicicleta gritou: Avante companheiros, corramos pegá-los agora. E partiram atrás dos adversários, entretanto, ao virarem no Bar do Rui e entrarem na Comendador Araújo deram de cara com pelo menos 30 marinheiros, ao que, num piscar de olhos, Jorginho bradou: Meia Volta companheiros, fujamos sem demora, brigaremos outra hora.”
Obrigado amigo Reinaldo... Valeu!
Em tempo de pandemia, escreva uma das suas histórias, me envie que publico.
Assim vamos
construindo nosso repertório popular.
Antonina, 27 de julho
de 2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com responsabilidade e se identifique.