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domingo, 22 de dezembro de 2024
Bom Jour
domingo, 8 de dezembro de 2024
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Causos antoninenses. O Natal de Luz da Liga...Se liga?!?!
Natal de Luz da Liga/2004. |
CAUSOS ANTONINENSES/LEGADO
NO NATAL DE LUZ DA LIGA...Cuidado com a rede elétrica
A partir dos anos 2002 aconteceu o Natal de Luz da Liga. A tradicional instituição filantrópica da cidade, sob a batuta da dupla dinâmica Maria Lucia Correa/Olga Marlene Mussi e diretoria realizaram evento festivo natalino, com a participação dos alunos da escolinha.
A ideia partiu do aceito pela amiga professora Lia Pinheiro – trabalho voluntário, em criar um coral com as respectivas crianças. Durante os ensaios a diretoria se entusiasmou e começou um planejamento a fim de apresentar o coral nas janelas do prédio da entidade. Assim, elaborado um belo repertório, indumentária adequada, e uma decoração natalina apropriada foi realizado o primeiro Natal de Luz da Liga.
Este "escrevinhador" aceitou o desafio da direção e produção da festa – voluntário, que, graças a participação e dedicação da comunidade – diretoria, professores, alunos e familiares, emoldurou o espírito natalino da entidade e da cidade, por alguns anos.
Sempre, na última apresentação do coral, programada para o dia 23, o ponto alto do evento era a chegada do casal Noel. No primeiro ano, 2002, eles chegaram de escuna e nos anos subsequentes – até 2006, de trem (ABPF), recepcionados na estação por milhares de crianças com direito a desfile em carro dos Bombeiros, pelas ruas da cidade, abrilhantado pela Filarmônica Antoninense. O desfile tinha como destino a sede da Liga, onde seria realizada a última apresentação do coral das crianças.
A cada ano o pessoal da organização tentava proporcionar uma novidade para o encerramento. Foram flocos de neve de isopor, balões a gás...e muita música. Uma verdadeira apoteose natalina.
Em 2006, creio que tenha sido o último da série, a presidente teve a “brilhante ideia” – brilhante mesmo, em adicionar fitas metalizadas nos balões a gás que seriam soltados durante a cantata de encerramento.
Tudo pronto, crianças apostas e afinadas, prédio iluminado, o casal Noel aposto nas escadarias e os alunos da escolinha trajados com vestimentas representativas de vários países. Carro de bombeiro, Filarmônica engajada e uma plateia alegre, festiva e empolgante.
Hora do encerramento, mensagem da presidente...e que soltem os balões – azul e branco. E assim, como planejado, música e alegria e centenas de balões ascendem aos céus, quando de repente...breves estouros de curtos-circuitos. Luzes se apagam e segundos de pânico – preocupação para com as crianças. Minutos após volta a energia, e nosso pessoal técnico percebe que as festivas fitas laminadas dos balões a gás ao encontrar a rede elétrica fecharam curto – a fiação não era protegida, causa de toda a queda de energia.
Assustados, mas não desanimados, reiniciamos o término do evento, agradecendo a presença de todos, pedindo desculpas pela ocorrência e desejando um Feliz Natal e Ano Novo de 2007, repleto de saúde e felicidade. Saudado pela musicalidade da nossa Filarmônica Antoninense, que se despediu interpretando o clássico Jingle Bell.
“Nem sempre tudo ocorre perfeitamente, mas só acontece para quem tenta fazer.” Cuidado com a rede elétrica.
Este e outros 50 causos estão no livro “Divã do Jekiti” Adquira em Antonina, na Livraria da Barca, ou autografado com o autor, através da WhatsApp 41 99906-4081. Pague com pix e receba em casa. Apenas R$59,90*. Apoie autores locais. Presenteie com livros!* + taxa de correios para outras localidades (R$10,00)
domingo, 6 de outubro de 2024
Resultado das eleições 2024 em Antonina PR.
ELEIÇÕES 2024 – RESULTADO DAS URNAS
ROZANE OSAKI PSD 55
5.999 votos
50,01% ELEITA
MÔNICA REPUBLICANOS – 10
40,12% • 4.812 Votos computados
JEFFERSON FONSECA PODE – 20
5,79% • 694 Votos computados
PROF DAVID COUTO PDT – 12
4,09% • 490 Votos computados
Votação 12.471 votos
Votos a candidatos concorrentes · 96,18% 11.995 Votos Válidos
Anulados Sub Judice 275 · 2,21%
Nulos 201 · 1,61%
VEREADORES ELEITOS
- 658 votos
UNIÃO – 44444
YURI OSAKI
Eleito por QP
- 536 votos
PSD – 55100
PAULO BROSKA
Eleito por QP
- 491 votos
PP – 11607
SANDRA
Eleito por QP
- 460 votos
UNIÃO – 44000
THARSON
Eleito por média
- 450 votos
PP – 11123
VITOR FERNANDES
Eleito por média
- 433 votos
PL – 22777
VALMIR GODOI
Eleito por QP
- 424 votos
REPUBLICANOS – 10000
LUCAS PELUSO
Eleito por média
- 366 votos
PL – 22000
PROFESSORA PATRICIA TAKASSAKI
Eleito por média
- 334 votos
SOLIDARIEDADE – 77400
ZÉ BOIADEIRO
Eleito por QP
- 331 votos
PODE – 20124
RAFAEL
Eleito por QP
- 294 votos
PSD – 55222
SARA
Eleito por média
Outros resultados: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao;e=e619;uf=pr;mu=74217;ufbu=pr;mubu=74217;tipo=3/resultados/cargo/13
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
Coisas de eleição. O caso Joaquim e Manoel... No Divã do Jekiti.
Coisas de eleições. Causo occorrido em 1996. Publicado no livro "Divã do Jekiti"
ELEIÇÕES 1996... O caso Joaquim e Manoel
Em 1996 fui candidato a prefeito de Antonina pelo PT. A campanha foi muito interessante, bem articulada e participativa. Tivemos até Plano de Governo (o primeiro a ser apresentado a comunidade).
Como em todas as campanhas, principalmente nas cidades menores, sempre tem um candidato “amparado” pelo governo estadual. O PT fazia oposição e tinha poucas cidades por ele administrada, e de difícil aceitação por considerada parte da comunidade.
Fizemos uma “campanha limpa” conforme mandava o figurino e a Lei Eleitoral. Mas, nossos adversários como sempre corriam atrás do voto a qualquer preço, distribuindo facilitações a quem possa interessar, de olho no voto do eleitor.
Mas, o motivo de escrever essas linhas, é para relatar um caso curioso e engraçado ocorrido no dia das eleições. O juiz eleitoral proibiu qualquer tipo de reunião partidária no dia anterior ao pleito. Causando estranhamento a todos, pois a coordenação da campanha deveria se reunir para designar pessoal do partido a fim de fiscalizar as seções eleitorais. Fizemos uma reunião meio às escondidas abaixo de um grande temporal, e após distribuição dos envelopes e credenciais da equipe, eis que chegam de Curitiba, Joaquim (Cocota) e Manoel (Manino) dispostos a colaborar.
Ficou então a cargo dos dois a seção do bairro do Cedro. Comunidade distante da sede e de difícil aceso, principalmente em período chuvoso. Assim sendo, demos algumas dicas do local: vão pela estrada de Guaraqueçaba e em determinado momento irão encontrar um bar e um desvio a direita, peguem o desvio que os levara ao Cedro.
Dia seguinte, partiram cedo ao destino. A chuva deu uma acalmada, mas não cessou. Por um certo tempo desconfiaram que deveriam ter seguido em frente e não encontraram o tal desvio a direita. Após alguns minutos chegaram a uma localidade.
Um olhou para o outro e comentaram: – Deve ser aqui! A movimentação era de eleitores. – Bom dia...Falou o Manoel. Somos fiscais do PT e gostaríamos de nos apresentar. Complementou. O mesário surpreso disse: desculpem, mas aqui não tem candidatos do PT. – Como assim? Retrucou nosso fiscal. – Aqui não é o Cedro? – Não, aqui é Tagaçaba pertencente a Guaraqueçaba. O cedro é de outro lado...Precisam retornar alguns quilômetros, ao encontrar uma venda e um desvio a esquerda, é só seguir. Chegarão em poucos minutos. Afirmou o mesário.
Decepcionados e após muitas risadas por parte dos presentes, os dois retornaram e acharam a tal estrada. Cumprindo suas tarefas.
Após as urnas serem abertas, constavam dois votos a nossa candidatura, o de Joaquim e do Manoel. Esses meus conterrâneos!
ESSE E MAIS DE 50 CAUSOS VOCÊ ENCONTRA NO LIVRO "DIVÃ DO JEKITI" A VENDA EM ANTONINA NA LIVRARIA DA BARCA, OU SOLICITE VIA WHATSAPP 41 99906-4081 (pague por pix e receba em casa).
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
A eleição em que fui candidato. 1996. Legado.
A eleição em que fui candidato. 1996. Legado.
VOTE EM EDUARDO BÓ
Publicado em 16 setembro de 2016 no blog do Bó...e no livro “Antonina frag-men-tos” em 2020.
No ano de 1996 me candidatei a prefeito municipal de Antonina, pela legenda do Partido dos Trabalhadores. O desafio em experimentar tal processo, fazia parte natural do nosso comportamento como cidadão e militante da cidade.
Desde menino, sempre fizemos parte de “grupos políticos”,
ligados a instituições sociais, estudantis e até religiosa. Sempre lidamos com
pessoas, chegando até a fazer parte de uma Chapa estudantil pretendente ao
Grêmio Estudantil Romildo Pereira, no antigo Ginásio Estadual Vale Porto, isso
lá pelos anos de 1966, início do Regime Militar. A chapa encabeçada pelo jovem
Juarez Tosi não saiu vitoriosa.
Processo natural
Apesar de nunca ter mudado de domicílio eleitoral na “velha capela” – algo enraizado nos antoninense - e já estar estabelecido profissionalmente, pois exercia o magistério superior na Universidade Federal do Paraná, onde pudemos – junto há um grupo de sonhadores – realizar algumas conquistas, tais como o Festival de Inverno da UFPR realizado em Antonina em 1991. E após ter recebido várias homenagens, por parte da comunidade e dos Poderes Constituídos, sentimos preparados para um novo desafio: candidatura a prefeito da cidade.
Processo partidário
Filiado ao Partidos dos Trabalhadores desde 1992,
enfrentamos todas as dificuldades, brigas e intrigas internas até finalmente
ter homologado a candidatura em maio de 1996. Inicialmente os correligionários
mais antigos não viam a candidatura com “bons olhos” e queriam novamente se
coligar com outro partido, sem candidatura própria.Mas conseguimos apoio da
maioria e fomos vitoriosos nessa etapa.
Nos apresentamos como uma nova opção, sem os mesmos
vícios tradicionais. Abominamos o clientelismo e o assistencialismo encravados
pelos velhos hábitos eleitoreiros. Apresentamos uma chapa de candidatos de
vereadores em sintonia com a chapa majoritária, ao Programa de Governo e do
partido.
Durante o processo de maturação da candidatura,
realizamos diversas reuniões com as comunidades organizadas e dos bairros.
Elementos que nos subsidiou para a elaboração do primeiro Plano de Gestão, até
então proposto por uma candidatura.
Com gastos financeiros totalmente limitados, apelamos
para a criatividade dos amigos contribuintes: um emprestou a casa para o
comitê, outro fez as fotos e a comunicação visual. Alguém confeccionou as
camisetas e outro imprimiu a imagem. A amiga maestrina me presenteou com um
jingle. Emprestaram-me carros, equipamentos de som. Doaram-me combustível...E
até dinheiro, tudo dentro da legislação prevista.
Realizamos mais de vinte e cinco comícios pelos bairros
da cidade, durante os noventa dias de campanha.
“Por amor a Antonina vote em Eduardo Bó”
Apesar de termos uma estrutura limitada, mas
racionalmente funcional - pois tudo que se fez necessário para o momento não
deixou de ser realizado - montamos uma equipe de frente, com coordenador de
campanha, tesoureiro, coordenador de infra-estrutura, comícios, divulgação,
psicóloga, fiscais, fotógrafo, motoristas e até fogueteiro.
Foram os seguintes candidatos a vereador: Darci do Rosário, Gibe Araponga, Gláucia Guanandi, Ilizionel, Lorena Dias, Luis Hamilton, Mario Nunes, Mario Galinha, Matheus Pinheiro, Nelson do PT, Newton Cavalo Branco e Onides Xerife. Candidato a prefeito: Eduardo Bó e vice Maneco Camargo.
Participaram do pleito os seguintes candidatos: Eduardo Bó, Maneco Gomes, Mônica Peluso, Wilson Clio, Ítalo Tanaka, Rubens Camargo e Prof. Zezo.
O resultado
Como a teoria não nos deixa mentir, que tudo que é novo e
diferente inicialmente não é acolhido pela comunidade. O resultado de uma
candidatura de cara e proposta nova, não foi aceita pela maioria, e conseguimos
conquistar apenas 5% do eleitorado, totalizando 575 votos. E viva a democracia,
onde nos é permitido sonhar. Expor nossas idéias e convicções para que cada
cidadão possa se manifestar nas urnas.
E tenho dito!
terça-feira, 30 de julho de 2024
Peripécias do Carlinhos. Mais uma do Divã do Jekiti.
O Jekiti
(ponto de encontro em Antonina) foi imortalizado, com o lançamento do livro “Divã
do Jekiti”, aqui, mais uma das histórias, ainda não publicada no blog, mas
parte do livro.
PERIPÉCIAS DO CARLINHO
Carlinho Fucinho de Porco, na infância foi um dos meus melhores amigos. Quando adulto na década de noventa nos encontramos no escritório do amigo e advogado Julio Simão, mais conhecido como Julinho Vaca Brava (todo bom antoninense herda apelido). E na época Carlinho estava mais para aprontar brincadeiras com os amigos capelistas, tudo sem maldade, apenas para “perturbar” nossas vidas.
Apaixonado,
eu claro. Tagarela como sempre fui, achei de chorar as mágoas perto do
Carlinho. Ouvido atento e mente aberta a novas virtudes, não deu outra.
Vivia
relacionamento apaixonado, ardente...fervoroso. Chegando em casa e ouvindo
minha “secretária eletrônica” ouço a voz masculina de alguém que se
identificava com o pai da minha pretendida. Totalmente agressivo, afirmava que
se eu insistisse no namora, ele tomaria atitudes desagradáveis...e assim por
diante. Desliguei o aparelho apavorado, pois sequer conhecia o pai da minha
pretendente, sendo filha de casal separado.
Como todo
apaixonado, passei a noite as claras sem saber o que fazer. O que menos passou
por minha cabeça foi renunciar a uma paixão, apenas porque alguém não aceitava.
Dia
seguinte, conversando com “a cara metade” ela afirma que jamais seu pai ousaria
fazer tal procedimento. E daí a pergunta: Mas quem fez?
Mais tarde
estive no escritório do Júlio e lá encontrei Carlinho todo faceiro. Olhei pra
ele e não foi preciso perguntar. Confirmou que foi ele o autor do trote. Quase
morri, pois senti o coração sair pela boca..., mas nessa hora de raiva do
Carlinho.
Durante o
carnaval, Julinho se hospedava na casa da Dona Neuza Pelicano, tia dele.
Carlinho também vinha junto. Eu tinha um carro, TL Volkswagen 1972, que
amanhecia estacionado defronte a minha casa, na Ermelino de Leão. Ao acordar,
abri a porta da casa e o carro havia sumido. PÔ...roubaram meu TL! Exclamei.
Saí a procura e vi o carro parado na rua a frente, na Carlos Gomes. Logo
encontrei Carlinho todo sorridente: he...he...he! Na madrugada pegamos teu
carro – nos em seis, carregamos até a avenida e deixamos lá. Queria te dar um o
susto!
Ano seguinte, ao abrir a porta de casa fui surpreendido com centenas de latas de cerveja em mim derramada. Adivinhe? Carlinho teve o cuidado, durante a madrugada em catar centenas de latinhas vazias de cervejas e empilhar uma a uma, formando uma barreira de latas. O efeito foi meio dominó...mexeu em uma caíram todas. Esse Carlinhos...Saudades!
Essas e mais de 50 causos fazem parte do livro “Divã do Jekiti” solicite pelo whatsApp 41 99906-4081, pague por pix e receba em casa, por apenas R$59,90 (+ taxa de correio para entregas em outras localidades). Últimos exemplares.
Foto do livro "Divã do Jekiti"... causos antoninenses. |
quinta-feira, 18 de julho de 2024
MONUMENTOS EMBLEMÁTICOS: MATADOURO MUNICIPAL
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Fachada original do prédio - 1930. |
EDIFÍCIOS EMBLEMÁTICOS: MATADOURO MUNICIPAL
Em uma cidade, tombada ou não, sempre serão encontrados objetos, documentos, monumentos...edifícios...fontes...mirantes... importantes para a história do local. São os tais monumentos emblemáticos.
Em nossa cidade, tudo quase se tornou importante para a preservação
da nossa história, independentemente de estar ou não em área de preservação. “Nós
somos história.”
Matadouro Municipal
Na entrada da cidade, bairro do Batel, encontra-se uma das mais importantes construções públicas, o Matadouro Municipal. Marco de época, o matadouro foi uma das mais importantes obras do prefeito Heitor Soares Gomes (1928-1932), que servia para abastecer a cidade de carne bovina. Atividade viável, graças a construção do sistema de água potável do Saivá, também construído nessa gestão.
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Chafariz da Estrada da Graciosa / Av. Thiago Peixoto/Batel |
Para servir o bairro da água potável canalizada, também foi construído um Chafariz, localizado – conforme doc., na Estrada da Graciosa, ou seja, defronte o Matadouro. A “carne verde” era transportada até a cidade por um veículo frigorificado (gelo), contratado especialmente para atender aquela função.
Em sua mensagem de gestão apresentado a Câmara Municipal de Antonina, relata:
“E, assim é que, com a dispeza adicional de 80 contos de réis, foram, igualmente, começadas e concluídas as obras do Matadouro Público, modelar estabelecimento que, actualmente, é o melhor do Estado.
Fartamente abastecido d’agua potável, provido de eficiente
rede de exgottos, pisos ladrilhados, paredes internas revestidas de azulejos, o
Matadouro de Antonina, pôde se inscrever entre os mais hygienicos do Paiz...
E conclui:
“O transporte de carne verde para a cidade, outrora,
em infectos carros abertos, onde o principal alimento da população vinha
exposto ao pó tuberculoso das ruas e á contaminação, pelos insetos álados,
passou a ser effectuado, em virtude de concessão municipal, em asséptico caminhão
automóvel.”
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Automovel da carne - 1930. |
Também faz referência ao custo das obras realizadas. Foram gastos 80:000$000 Réis, no Matadouro Público, 7:000$000 na construção do Chafariz da Estrada da Graciosa.
O conhecido Antigo Matadouro do Batel, sofreu inúmeras alterações,
não somente funcionais como arquitetônicas. Virou Fabrica de Manilhas, Padaria,
Centro Cultural...tentou-se instalar ali a agencia do INSS, Secretaria de Obras
e recentemente passa por reformas e deverá – segundo o atual prefeito, agregar
o Batalhão da Polícia Militar.
Com tanta história, aquele edifício deveria ser tratado
com mais responsabilidade, independente de sua função, o que ainda restou de
mais importante são suas características arquitetônicas, com fachada avançada,
porta central e duas janelas e quatro portas laterais. Nos causa surpresa, preocupação
e até indignação, que estão alterando a fachada, fechando as portas laterais,
descaracterizando totalmente o pouco que restou, para a preservação da memória
do bairro e da cidade.
Não é porque o referido edifício não ser tombado, ou
seja, um bem protegido por lei, ou não estar localizado no perímetro do
tombamento de IPHAN (2012), que não mereça a obrigatoriedade de preservação. E
um olhar diferenciado por parte da comunidade e principalmente dos gestores.
Uma questão de valores.
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O estado de reforma do prédio. |
E a placa que propaga a obra, é do Governo do Estado: PARANÁ EM OBRAS. E ainda dá ênfase: Reforma/Ampliação/Restauro – Edifícios emblemáticos.
Mas, o que é ser EMBLEMÀTICO?
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Fonte: Documento impresso, Mensagem apresentada a Cãmara Municipal de Antonina, em 21 de Setembro de 1928, pelo Exmo. Snr. Dr. Heitor Soares Gomes,Prefeito Municipal – 1928-1932.
sexta-feira, 12 de julho de 2024
REVENDO MANUSCRITOS...Obras para quê?
Dia desse vendi um livro “Tenho Dito” editado em 2012 e o amigo comprador solicitou dedicatória, com carinho...é claro. Ao abrir o livro deu na página 70, matéria com título Obras para quê? Dando rápida olhada, lemos parte do texto e ele disse: Parece que foi escrito hoje. Tudo meio igual! Mas, foi postado em 2008.
Para não ter que escrever de novo, resolvi postar a
matéria. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Postado em 14/08/2008
OBRAS PARA QUÊ?
Realmente quando o prefeito diz que nunca em Antonina se viu tanta obra sendo feita ao mesmo tempo, dá até para acreditar. É só começar a contar o número de placas carimbadas pelo Governo do Estado. Mas, também é real dizer que a cidade passa por um dos seus piores momentos econômicos.
Tendo sua economia voltada para as atividades portuárias
e o seu único Terminal sofrendo boicote do Governo do Estado, quando cassou a
licença para o embarque de cargas gerais, causando a redução da movimentação em
até 80%, nossa economia sofreu um verdadeiro nocaute. Infelizmente, os governos
que por aqui passaram – por total falta de competência – não investiram em
outra fonte de geração de renda e continuamos reféns dos desmandos e interesses
de grupos e pessoas que usam o poder para piorar ainda mais a nossa já
combalida economia.
Quando vemos um amontoado de placas indicando um número
alarmante de obras, só confirmamos a maneira desmantelada com que os
governantes tratam a cidade. Sem nenhum planejamento. Claro que queremos nossas
ruas calçadas, nossa orla com balaústres, mas precisamos urgentemente de
projetos que mexam com a nossa economia. Projetos de geração de renda e
emprego. Se continuar desta maneira, nosso cidadão deixará sua casa e sua rua
bonita e asfaltada para buscar emprego em outras bandas. Sem falar no nosso
sofrido comércio, que, sem dinheiro circulando na cidade, vira um amontoado de
encargos e desesperança. O desânimo é geral.
FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO
É de praxe, em época de eleição, o Governo começar obras em todos os cantos. Primeiro porque precisa de reservas financeiras e contribuição das empreiteiras para o caixa das campanhas, seguido do desejo de muita gente – que se satisfaz com um simples calçamento em sua rua – em ver melhorias em seu bairro, que com certeza irá retribuir em votos.
Por aqui também é igual, só que as obras que estão sendo
construídas, principalmente as pavimentações das ruas, estão causando
transtornos enormes aos moradores e tornando a vida da maioria um inferno. As
construtoras não cumprem seu cronograma e lentamente, em lugar de melhorar,
pioram a situação de cada rua. No bairro do Saivá, por exemplo, a construtora
que iniciou a obra há mais de noventa dias desapareceu e a comunidade está
xingando até a terceira geração do prefeito.
“Parabéns” aos nossos governantes. Vivemos nos últimos
três anos em estado de total descaso e abandono e agora estão transformando a
vida de muita gente em um inferno de buracos, lama e poeira. Governar é atender
o contribuinte... sempre. Quem governa para somente três meses... não governa
mais.
Interessados em adquirir o livro, solicitar atraves do whatsApp 9906-4081, ou na Livraria da Barca, apenas R$$49,90,
segunda-feira, 24 de junho de 2024
AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.
AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE
INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.
Esse foi o anúncio publicado em vários jornais e emissoras de televisão de Curitiba. No início do mês de junho de 1991.
O Festival (com letra maiúscula mesmo), evento e projeto,
inspirado nos encontros mineiros, veio para suprir demandas de produção e reflexão
das artes junto as comunidades, então envolvidas, a cidade sede e a universidade.
Inicialmente concebido e formatado dentro de uma
realidade política das crescentes dificuldades da instituição e da própria
cidade. Abriram-se os muros da instituição e projetou a cidade, como polo histórico
e cultural. Foi tudo muito planejado, diminuto e qualificado.
“Acabamos fazendo um festival pequeno, despretensioso,
que sirva d embrião para o próximo, daí com mais estrutura e mais tempo para
planejar.” Fala da professora Marcia
Simões – Coordenadora de Cultura e do Festival, em entrevista para o jornal
Correio de Notícias, 1991.
O festival aconteceu de 30 de junho a 07 de julho de 1991.
Ofertou aproximadamente, 22 oficinas, 05 minicursos, 07 palestras, 04 oficinas
ao público infantil e 13 espetáculos. A abertura ocorreu as 10h – domingo, 30,
com a apresentação da Filarmônica Antoninense e com o Coral da UFPR. Assim nasceu
o Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná, em Antonina.
O evento teve longa vida, cresceu, passou por avaliações, mudanças e a parceria permaneceu durante 32 anos, até 2022. Consegui furar a barreira da pandemia, com eventos on-line, mas seguiu a continuidade da missão inicial de mesclar os fazeres artísticos da universidade e da cidade.
Ano passado, até foram abertas as inscrições para ofertas
de oficinas e espetáculos – instrumentos criados como forma de participação dos
artistas, professores e produtores culturais. Mas, a instituição, creio, no meu
entender, falhou ao não o realizar em época e período historicamente concebido,
no inverno. Com isso, o tradicional projeto de extensão da UFPR, morre, antes
de completar seus 33 anos.
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Apresentação de Orquestra Juvenil da UFPR 1 jul 1991 |
Até o momento, a comunidade apenas lastima, mas, não obteve
justificativas dos responsáveis pela universidade e pela cidade. Com isso,
morre o Festival de Inverno da UFPR. Em 2023.
Eduardo Nascimento / Prof. Adjunto do Dep. de Design na UFPR, aposentado. Um dos idealizadores e coordenador do evento. Morador da cidade.
Ler: Como nasceu o Festival de Inverno da UFPR no livro "Antonina frag-men-tos", Nasximento, Eduardo, Ed. Insight, 2020.
segunda-feira, 17 de junho de 2024
OS 110 ANOS DO PAÇO MUNICIPAL
Os 110 anos do Paço Municipal – 1914/2024
Informação nunca é demais, principalmente para nossa comunidade que tem muita história, mas pouca historicidade.
Na minha caminhada matinal, sempre desperta atenção o
estado de abandono do prédio da nossa prefeitura, aqui denominei de Paço
Municipal.
Notei na desgastada sacada o seguinte letreiro: GOVERNO MUNICIPAL 1914. Isso me causou questionamentos, primeiro que poderíamos estar comemorando esta tão importante data, desde que a cultura fosse algo latente em nossos dias e dos governantes, mas, como deverá passar batido, fui aos meus diminutos alfarrábios, buscar informações sobre a data.
Constatei que, em 1914, (não encontrei referencias sobre dia e mes) a emblemática residência foi comprada do eminente Comendador Antônio Alves de Araújo, pelo então Prefeito Municipal, Antônio Ribeiro de Macedo – 1912/1916 (o mesmo empresário do Armazém Macedo), que após reformado e adaptado passou a sediar Câmara e Prefeitura Municipal. A construção do imóvel data da metade do século XIX construído pelo Coronel Líbero.
A residência, uma das mais
imponentes da cidade, hospedou o Imperador D.Pedro II em sua segunda visita a
Antonina, a 05 e 06 de junho de 1880.
O Paço Municipal, consta com uma placa de mármore afixada em sua fachada, comemorativa aos 44 anos da visita do imperador a nossa cidade. Fique atento a data, pois está escrito em algarismos romanos, e consta grave erro. O conhecido prédio da prfeitura - como é chamado, é marco importante da nossa história e precisa com urgencia de atenção e recuperação.
Salve!
Fonte: Nascimento, Eduardo. “Antonina Frag-men-tos” Ed Insight, 2020. Diário de Antonio Ribeiro de Macedo – 1925.
Da série legado.
sábado, 30 de março de 2024
palavradobó: Sábado de Aleluia...Dia de MALHAÇÃO DE JUDAS
segunda-feira, 11 de março de 2024
palavradobó: O 11 DE MARÇO DE 2011
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
"50 Carnavais - 1975/2024" que a gente chegue lá...
No próximo carnaval, de 2024, completarei "50 Carnavais" registrando nossa maior festa cultural. Desde as máquinas fotográficas analógicas, passando pela primeira digital, com memória de disquete, até ao mais recente Smartfone, sempre me fiz presente na avenida, tentando de alguma maneira captar imagens da nossa festa de momo. Aqui, posto algumas imagens, já publicadas em varias plataformas digitais, nos meus blogs e em livros:
" É carnaval, é tricolor. Vem mostrar nesta avenida. A Antonina dos meus dias, de Eduardo Nascimento. O grande mestre da fotografia.
Que deixou os seus pinceis, pela arte de fotografar. Trocou a emoção das cores pelas lentes do seu coração."
Parte do samba-enredo da Escola de Samba do Batel, onde tive a honra - ainda jovem, em fazer parte do enredo. No carnaval de 1996.
"...Inverno vai e vem e o Festival taí, tem arte pro meu povo assistir."
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024
MEMORIAS. LEGADO DOS CARNAVAIS, 1975...da série 50 Carnavais.
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Comissão do Carnaval de 1975. Eduardo Bó,Maneco Camargo<Paulinho Sabico, Prefeito Joubert Vieira e Lindomar Garça. |
MEMÓRIAS. Legado dos Carnavais. 50 CARNAVAIS.
Parte deste texto já foi publicado no Blog e no livro “Tenho Dito’”, mas vou tentar enriquecê-lo, agregando alguns acontecimentos.
A comissão do carnaval foi nomeada e seus ocupantes não recebiam nenhum tipo de remuneração. Trabalho puramente voluntário de Eduardo Nascimento, Maneco Camargo, Paulinho Sabico e Lindomar Garça (foto).
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Logotipo do Projotur, 1974. |
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Programação do Carnaval 1975 |
Tínhamos recentemente criado o Projotur – Projeto Jovem de Turismo (ver logotipo), a primeira tentativa de discutir possibilidades de a cidade se preparar para aquela área de desenvolvimento emergente, e aproveitamos o evento para demonstrar nossas habilidades. Em 1973, em concurso público para a criação do primeiro slogan para a cidade, nossa proposta foi a vitoriosa, com o Antonina, Mar, Arte e Amor.
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Primeira campanha pró Turismo Antonina. Mar, Arte e Amor, 1973. |
Inicialmente fizemos dois bailes para arrecadar recursos. Um no Clube Literário e outro no Primavera, que rendeu alguns trocados para comprar os tecidos das fantasias do Rei e da Rainha do Carnaval.
Carnaval no Mar
O tema escolhido foi “Carnaval no Mar”, cuja decoração – paupérrima por excelência – consistia em centenas de metros de redes de pescar – arrastão, que foram emprestadas pelos pescadores da Ponta da Pita e estendida por toda a avenida, fazendo parte de uma alegoria composta de uma folha de zinco e uma lâmpada incandescente de 100 watts, afixada em um poste de madeira bruta, cortado no morro do Bom Brinquedo. A maior parte do carnaval acontecia durante o dia e no mais tardar findava pela meia-noite, dando início aos bailes dos clubes.
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Desfile do Bloco do Boi, 1975 com Rei e Rainha do Carnaval. |
Nossa falta de experiência nos fez procurar a pessoa que na época concentrava tal conhecimento, Wilson Galvão do Rio Apa, também presidente da Escola de Samba Império da Caixa D’Água. Prontamente, Apa nos atendeu e fez um rascunho do concurso, que consistia no julgamento do desfile como um todo, sem notas para quesitos, até então inexistentes em nosso carnaval. Também resolvemos fazer um concurso individual, com apresentações separadas por alas.
O concurso tomou noite adentro e foram escolhidos os melhores Porta-Bandeira e Mestre-Sala, Bateria, Samba-Enredo, Passista, Surdo, Frigideira, Caixeta, Tamborim e Destaque.
Siri de Ouro
Como a prefeitura não dispunha de recursos para o evento, tivemos que criar até os troféus. Por ironia do destino, encontramos o Tube vendendo uma dúzia de siri-guaçu e imediatamente levamos para cozinhar, secamos as casquinhas, pintamos com um bom spray dourado e prateado e estavam prontos os troféus: Siri de Ouro e Siri de Prata, para os mais bem colocados nos concursos individuais. Para as escolas de samba vencedoras, os prêmios foram um Pilão de Ouro e uma Gamela de Ouro adquiridos em um dos “quartos” do mercado municipal.
Rei e Rainha do Carnaval
Sendo o tema ligado ao mar, substituímos o Rei Momo por Neptuno o Rei do Mar. Que, em companhia de sua rainha, foi recepcionado pelas Escolas de Samba no Trapiche Municipal, chegando do outro lado do mar em sua bela e decorada canoa.
Concurso
O regulamento do concurso foi apresentado para todos os participantes, em reunião realizada no Clube Literário, e aprovado por unanimidade. Mas, o resultado foi surpreendente, pois passou despercebido pelos dirigentes que a escola campeã seria aquela que obtivesse a maior nota da comissão julgadora por seu desfile como um todo. E a pontuação do concurso individual não participava do cômputo geral.
Daí a Escola que levou mais Siris para casa foi a Escola de Samba da Capela e a campeã do carnaval de 1975 foi a Escola de Samba Império da Caixa D’Água.
O resultado do concurso foi imediato e o palanque oficial teve que ser cercado por policiais, pois o inconformado ganhador da tal “sirizada” queria a cabeça do Rio Apa e do pessoal da Comissão Organizadora, inclusive a minha.
Os ânimos foram ainda mais acerbados quando José Maria Storach colocou no ar na Rádio Antoninense, em seu programa, a tal farta premiação e distribuição de Siris de Ouro e de Prata e a suposta armação.
Apesar da falta de recursos e da pouca experiência, em 1975 foi realizado mais um grande e polêmico carnaval da nossa cidade. Esta é mais uma história do Carnaval de Antonina.”
O texto original foi escrito em 2011 e publicado no livro "Tenho Dito",2012.
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Bloco do Pinico, 1975. Nenê Chaminé, Tingo e o prefeito Joubert. Foto: Eduardo Nascimento |
P.S.No mesmo ano - com uma máquina fotográfica emprestada do chefe e amigo João Nicolleli, Ponta Grossa - fiz meus primeiros registros do carnaval da cidade e de algumas paisagens locais, das quais foram inscritas no concurso de fotografias “Imagens do Paraná” promovido pelo MIS-PR, Museu de Imagem e do Som, com patrocínio das Lojas Muricy e me logrou a premiação na categoria de Slides, cuja mérito foi receber minha primeira máquina fotográfica, uma Minolta SRT101B, 135mm.
Da série "50 CARNAVAIS" 1975/2024 de Eduardo Bó Nascimento
sábado, 20 de janeiro de 2024
Livros publicados por Eduardo Nascimento (Bó).
Edições ainda disponíveis para venda, soliciter pelo WhatsApp 41 99906-4081, pague com PIX e receba em casa.*+ taxa de correios.